As reivindicações do movimento Grito da Terra, levadas à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, em Porto Velho, voltam a ser discutidas com o superintendente Olavo Nienow amanhã.
Os cerca de 2 mil manifestantes liderados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) ocupam, desde quarta-feira (2), uma área cedida no estacionamento do órgão e também as dependências internas, comprometendo parcialmente o atendimento ao público. De acordo com documento encaminhado ao Incra, os organizadores pretendem permanecer no local até sexta-feira (4), porém, ameaçam prorrogar a saída até conseguirem reunir-se com o presidente do Incra e o ministro do desenvolvimento agrário.
No primeiro dia de negociações, os manifestam apresentaram as suas reivindicações, no auditório da sede, ao superintendente. As questões colocadas foram: manutenção e reestruturação das unidades avançadas; aumento no número de profissionais da assessoria jurídica; atendimento do Pronera às demandas das Escolas Famílias Agrícolas; mais recursos para a regularização fundiária; acompanhamento dos sindicatos no georreferenciamento; reestruturação do ATES; criação de assentamentos sustentáveis em áreas de proteção ambiental.
Em resposta às solicitações, a Assessoria de Planejamento do Incra apresentou e distribuiu cópias da programação operacional da superintendência de Rondônia para esse ano, relatando o limite orçamentário que cada divisão e programa do Incra no estado terá para 2007. Para os trabalhadores rurais, as verbas relacionadas às suas reivindicações não são satisfatórias, por isso, solicitaram a vinda das autoridades de Brasília.
De acordo com Olavo Nienow, o presidente do Incra está impossibilitado de vir a Porto Velho ainda nessa semana, entretanto, aguarda retorno sobre a possibilidade de marcar uma data para a semana que vem.
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