O diretor do Hospital de Base, Amado Ahamad Rahhal, em entrevista enumerou uma série de equívocos no depoimento do prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, quando afirmou que a maternidade municipal vem realizando mais partos que o Hospital de Base. Equivocadamente, o prefeito de Porto Velho afirmou que a maternidade Municipal reduziu em mais de 80% o número de partos realizados no Hospital de Base.
O diretor do HB destacou que nos dois primeiros meses de 2007 o HB, que é responsável pelos partos de alta complexidade, realizou 339 partos. Sendo 175 em janeiro e 164 em fevereiro.
Segundo Amado Rahhal, “isso corresponde a 50% do que município atende. Vale salientar que a maternidade do HB é para atender somente gestação de alto risco, muitas vezes atendemos também baixo risco, porque sabemos da precariedade que ainda afeta esse serviço na maternidade do município”.
A alegação dos pacientes é de que a maternidade do HB é bem mais equipada e tem UTI neonatal para 15 leitos com apoio de diagnóstico imediato com laboratório, análise clínicas, ultra-sonografia obstétrica e morfológica. A maternidade do HB possui uma equipe de três pediatras especialistas de plantão 24 horas, à disposição das parturientes.
Amado Rahhal informou que foi firmado acordo com a coordenação do Curso de Residência Médica em Obstetrícia onde a maternidade municipal ofereceria médicos para cumprirem dois plantões semanais a custo zero para a maternidade do município. A bolsa sendo paga pelo governo do Estado. Mas a maternidade cortou as refeições dos residentes ficando os mesmos trabalhando em regime de plantão sem se alimentarem. Mesmo assim os profissionais assumiram a sua alimentação, e continuando o curso, explica Rahhal.
“A maternidade do HB é para atendimentos de alta complexidade e estamos aptos e estruturados para realizar todos os partos de alta e baixa complexidade como estava sendo feito antes da inauguração da maternidade municipal. Foram mais de 25 anos atendendo sem solicitar ajuda municipal. Vale salientar que os serviços de maternidade é obrigação dos municípios e não do Estado. Mesmo assim o Estado nunca se negou fazer esses atendimentos”, observou Rahhal.
A gestação de alto risco é obrigação do Estado. São pacientes portadores de diabetes, infecção, parto prematuro, DST etc.