Apesar de o governo federal ter incluído a construção dessas usinas do Madeira no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, já assume que poderá haver revisão do planejamento em relação às usinas devido a questões ambientais, afirmou o senador Expedito Junior. O pedido de nulidade de licenciamento ambiental feito pelo Ministério Público Federal, pode impedir a construção das usinas.
Em função da declaração do ministro, o senador Expedito Júnior (PR-RO) disse no Plenário do Senado, estar preocupado com a possibilidade de que o início das obras das usinas Santo Antônio e Jirau, previstas para serem construídas no rio Madeira , seja suspenso.
O senador pediu bom senso ao se discutir o assunto, nesta quinta-feira, durante o Fórum Independente Popular do Madeira. “É hora de se buscar um caminho, um diálogo e não o enfrentamento”, afirmou Expedito Júnior. Segundo ele, as usinas de Jirau e de Santo Antonio integram o PAC e são importantes para o crescimento do País. A previsão é que elas contribuam com cerca de 3.900MW e 3.580MW.
Para Expedito Júnior, as obras deverão atrair a iniciativa privada e poderá gerar mais de 30 mil empregos. “Há sim necessidade de se realizar consultas públicas na região a ser atingida, respeitando-se a população ribeirinha e a população indígena, que vivem em harmonia com o Madeira e daquela região tiram o seu próprio sustento”, disse. Mas, na avaliação do senador, a criação de um clima de adversários entre as partes não contribui para a busca de soluções.
O senador citou, no discurso, que o Ibama já havia anunciado que o licenciamento ambiental das usinas de Santo Antonio e Jirau sairia até o final de fevereiro de 2007. “Ultrapassado o prazo sem cumprir a promessa, o Ibama não quer mais fixar prazo, pois tem medo de não cumprir um segundo prazo. Essa indefinição de um calendário para o licenciamento ambiental também não contribui”, ressaltou Expedito Júnior.
*
VEJA TAMBÉM:
*
Presidente da Câmara, ex-prefeito e secretário municipal de Vilhena são condenados por improbidade administrativa
*
Liminar do TJ/RO obriga TAM e Gol a transportar pacientes em macas com multa de 20 mil reais por passageiro se não cumprir decisão