O caos que foi instalado no setor de saúde pública de Ouro Preto do Oeste poderá resultar em uma intervenção federal no setor. E dos setores que vem contribuindo para que isso possa acontecer nos próximos dias é o Hospital Municipal Dra Laura Maria Braga, que passa por sérias dificuldades com a falta de medicamentos básicos e profissionais médicos, resultando em recepção e corredor cheio de pessoas em busca de atendimento médico, no qual o sofrimento é uma realidade como exemplo da dona-de-casa Adélia Fernandes Alves, 38 anos, moradora do bairro Jardim Aeroporto II, que chegou às 6 horas da manhã no Hospital Municipal sentindo fortes dores por todo o corpo, mas só foi atendida às 14 horas, depois de muito implorar para que o médico de plantão fizesse o devido atendimento.
Segundo a reportagem teve conhecimento através de denúncias de funcionários que pediram para não serem identificados por temerem represálias, está em falta os seguintes medicamentos de uso continuo, plasil, buscopan, dipirona, seringa de 10ml, fio para saturar, álcool iodado além de gazes, soro fisiológico e esparadrapo estarem sendo utilizado de forma racionada. Outro flagrante constatado no Hospital Municipal é a falta de lençóis nas camas das enfermarias onde os pacientes ficam em observação e as poucas camas que tem lençóis os mesmos estão sempre sujos e rasgados.
O Ministério Público Estadual MPE já fez dois Termos de Ajustamento de Conduta TAC para que a Prefeitura Municipal cumprisse metas no setor de saúde, no entanto passados 7 (sete) meses quase nada foi feito. Este quadro poderá resultar na intervenção federal na saúde pública do município, questionado sobre o a possibilidade o promotor de Justiça Aluildo de Oliveira Leite, não quis comentar a respeito da intervenção, mas mostrou-se preocupado com a situação de caos vivenciada no Hospital Municipal. “Vamos chamar o Senhor prefeito (Braz Resende) e saber o que vem ocorrendo para tantas reclamações feitas contra o atendimento no Hospital Municipal”, disse o promotor de Justiça.
Desde que o prefeito Braz Resende assumiu o cargo no dia 04 de agosto de 2006 depois do afastamento pela Justiça do então prefeito Irandir Oliveira de Souza, já passaram pela Secretaria Municipal de Saúde três nomes (Arnaldo Teixeira, Diógenes Tadeu da Silva e o médico Pedro Paulo de Carvalho) e todos não ficaram no cargo alegando oficialmente incompatibilidade de horários com outras atividades profissionais, mas, no entanto a verdade é que saúde pública do município virou um balcão de negocio onde interesses particulares estão acima dos interesses da população que é a que vem sendo prejudicada com o caos instalado no setor.