Fiscalização em postos de saúde do município encontra baratas, sapo morto e até camisinha usada

Atendendo solicitação do Ministério Público, várias unidades de saúde foram fiscalizadas no município de Porto Velho pela Agevisa. Em muitos postos são encontradas baratas, sapo morto, camisinhas usadas, água sem tratamento e tantas outras irregularidade

Fiscalização em postos de saúde do município encontra baratas, sapo morto e até camisinha usada

Foto: Divulgação

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Ao contrário do que declarou o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, a Vigilância Sanitária Estadual não está sabotando os postos de saúde do município, e sim cumprindo determinação do Ministério Público do Estado de Rondônia (MPE/RO). Há poucos dias alguns postos de saúde de distritos foram interditados parcialmente pela vigilância. Mas ao contrário do que declarou o prefeito, as irregularidades não se restringiam em apenas um inseto encontrado em um poço. A vigilância vistoriou 12 postos de saúde nos distritos de Abunã, Cachoeira do Teotônio, Embaúba, Extrema, Fortaleza do Abunã, Jaci-Paraná, Rio Garças, Mutum Paraná, União Bandeirantes, Morrinhos, Vista Alegre do Abunã e Vila Princesa. O pedido de fiscalização foi feito pelo MPE/RO por meio do ofício nº 920/06 de 13 de dezembro de 2006, em que foram solicitadas inspeções nas unidades de saúde de Porto Velho.
Situação dos postos de saúde
Foram vistoriados todos os postos de saúde do município. No posto de saúde em União Bandeirantes, não foi encontrado apenas um inseto, no poço, mas sim inúmeras baratas. A água do poço, sem tratamento adequado, é utilizada no laboratório, no setor odontológico, para lavar materiais, na cozinha e para os banhos dos agentes comunitários de saúde. Todos esses setores foram interditados. O setor de vacinas, consultório médico e enfermagem não foram interditados. Na unidade do Abunã os consultórios médico e odontológico funcionam precariamente. A parte elétrica e hidro-sanitária necessitam de reforma. O laboratório funciona em espaço pequeno, com bancada inapropriada. Os resíduos são queimados na própria unidade. O posto de saúde da Cachoeira do Teotônio precisa de uma reforma geral. O forro está podre e a fiação elétrica exposta. O consultório odontológico funciona inadequadamente na escola ao lado do Posto. Os resíduos são queimados na própria unidade, próximo ao parque de recreação da escola. Em Extrema, na sala de vacinas não há geladeira para armazenar os produtos imuno-biológicos. Em Embaúba, o posto necessita de adequação da instalação elétrica e materiais de limpeza. Em Fortaleza do Abunã, no consultório de odontologia, é usada uma maca substituindo a cadeira do dentista. No local havia um sapo morto, muitos tapurus e insetos.
Sapo morto, camisinha usada e água em baldes
No poço do posto de Jaci-Paraná a situação estava pior. A vigilância encontrou além de insetos, fraldas descartáveis, frascos de remédios e até uma camisinha usada. No posto comunitário da Vila Princesa, o consultório está sem forro e sem vidros na janela. Na sala da enfermeira onde se faz a coleta do preventivo, a fiação elétrica está exposta e pendurada em cima da mesa ginecológica, expondo as pacientes ao risco de um choque elétrico. Em Mutum Paraná os consultórios apresentam equipamentos e mobiliários enferrujados. O equipamento odontológico é bastante antigo, mas a unidade possui um equipamento novo, porém está encaixotado. Em Rio das Garças a construção precisa de reparos gerais. Não existe sistema de fornecimento de água, que é captada do vizinho por meio de baldes. No distrito de Morrinhos a fiscalização da vigilância também detectou irregularidades no poço do posto de saúde. No local havia um sapo morto, muitos tapurus e insetos. O posto também foi interditado parcialmente. No posto de Vista Alegre do Abunã os resíduos de saúde não são devidamente acondicionados, sendo queimados na unidade.
O objetivo foi atuar em defesa da população
A vigilância sanitária também realizou os mesmos procedimentos de fiscalização em unidades de saúde do Estado. O trabalho já abrangeu, também a pedido do MP, o Cemetron. Por determinação da Sesau, a fiscalização ainda se estendeu ao Hospital Infantil Cosme e Damião, Laboratório Central de Rondônia (Lacen), Fhemeron e nos hospitais de Extrema e Buritís. Nos próximos dias a vigilância vai fiscalizar o Hospital de Base e o João Paulo II. “Não existem atos de sabotagem pela vigilância sanitária, estamos apenas realizando nosso trabalho, nossa obrigação. Em nenhum momento tivemos a intenção de prejudicar ninguém, muito pelo contrário, o objetivo foi atuar em defesa da população. Podem ter certeza, com os problemas sanados os usuários serão os maiores beneficiados”, declarou Paulo de Pádua, diretor da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa).
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