Acre -Nação Iauanaua aprova exploração de petróleo no Juruá, contrariando ambientalistas

Acre -Nação Iauanaua aprova exploração de petróleo no Juruá, contrariando ambientalistas

Acre -Nação Iauanaua aprova exploração de petróleo no Juruá, contrariando ambientalistas

Foto: Divulgação

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*Entidades ambientalistas e personalidades ligadas à área começaram a criticar a prospecção de petróleo e gás no Juruá. Que vai injetar, de início, R$ 27 milhões na economia acreana. O movimento é liderado pelo ambientalista Miguel Scarcello, da ONG SOS Amazônia, que divulgou um manifesto em que aponta sua contrariedade no que classifica de possibilidade de invasão e mutilação do Parque Nacional da serra do Divisor, alertando que poderia afetar a biodiversidade e “os índios isolados que vivem na região”. *O ambientalista também é contrário à construção das usinas do Rio Madeira e da conclusão da BR-364 e a possibilidade de uma saída para o Pacífico passando pelo Juruá. O técnico também critica a própria prospecção, afirmando que o petróleo é responsável pelo efeito estufa em todo o mundo e que o Acre estaria colaborando para o agravamento da situação climática mundial, ao permitir a exploração desse recurso. *“A exploração pelo homem do recurso natural petróleo, o transformou em um dos principais motivos para acelerar o efeito estufa e as mudanças climáticas que estão em curso. Apesar da tecnologia moderna e avançada, sua exploração é responsável pelos mais graves acidentes ambientais no planeta, que causam fortes alterações aos ambientes afetados e as populações atingidas”, diz Scarcello em seu manifesto. *Como alternativa ao petróleo, ele sugere ao senador Tião Viana que transfira esses recursos para a conservação do Parque Nacional e para o incentivo ao ecoturismo que, mesmo em uma região sem hotéis, estradas e infra-estrutura, ele acredita que pode render o mesmo que a exploração petrolífera com menos investimento e maior retorno. *Finalmente, o dirigente da ONG ainda critica a pecuária, elogia os indígenas peruanos que teriam barrado a prospecção petrolífera em áreas da amazônia daquele país e ressalta que o Acre tem que procurar alternativas que não influam no meio ambiente. A SOS Amazônia recebe recursos públicos e internacionais privados para se manter. *Outros ambientalistas e até mesmo funcionários do governo, alguns em cargos de confiança, manifestaram-se contra a prospecção de petróleo no Juruá e ameaçaram entrar na justiça para impedir os trabalhos da ANP *Responsabilidade *O senador Tião Viana acalmou os preocupados ambientalistas, reafirmando que o trabalho a ser realizado no Juruá não tara impacto ambiental significativo, ao contrario, deve render dividendos para contrapartidas ambientais. O senador, que apresentou projeto de lei exigindo salvaguardas e comprovantes de ação ambiental positiva de todas as empresas que participarem de licitações federais, assegurou que os métodos de prospecção, hoje, não são invasivos e que não há perigo de ocorrer nenhum desastre ambiental. Ele destaca que o Acre só terá a ganhar e nenhum ambiente protegido será aviltado, bem como os direitos das populações tradicionais. Setores produtivos *Os setores produtivos acreanos, empresários e representantes da sociedade criticaram violentamente o posicionamento dos ambientalistas, ressaltando o significado para a economia acreana dos investimentos na prospecção e os futuros royalties provenientes da exploração de petróleo e gás. O grito dos ambientalistas já teve repercussões e foi destaque, ontem, no Jornal Estado de S. Paulo. *Tenham Paciência! *Os ambientalistas de gabinete e do ar condicionado, os empregados de ONGs regiamente pagos com dinheiro público e com dinheiro estrangeiro de origem mais que duvidosa, se levantam contra a possibilidade de prospecção de petróleo no Acre. E chegam ao ridículo de dizer que a vocação do Juruá é o ecoturismo! Hoje em dia, quem se aventuraria a fazer ecoturismo da serra do Moa, tirando meia dúzia de aventureiros, especialistas ou saudosistas hippies? *Um desses dirigentes de ONGs, com vasta verba e recursos, chega a declarar que o Acre não pode produzir petróleo para não afetar a camada de ozônio. Se fosse falar alguma coisa dessa na defesa da ecologia do deserto da Arábia saudita sentiria, com certeza, as iras do Corão. Ou quem sabe deveria levar essa discussão ao arbítrio do companheiro revolucionário Hugo Chaves, guru dos radicais de esquerda, mas bem assentado em seu mar de petróleo que lhe garante o poder! È preciso bom senso: defesa do meio *ambiente, sim. Radicalismo xiita, que só interessa a esses próprios ambientalistas de fachada, é demais. A maior defesa que eles fazem é pela preservação de seus próprios empregos e de suas organizações. Quanto menos desenvolvido o Acre, mais eles lucrarão. Acusar o Senador Tião Viana de ações levianas com relação ao meio ambiente é um absurdo tão escancarado que retira a credibilidade dos argumentos desses arautos do atraso. *Não é mais possível agüentar esse lenga-lenga calado. O Acre tem uma política racional – talvez a melhor do Brasil – na área ambiental. Mais que isso é voltar ao tempo da pedra lascada, sob a tutela desses especialistas muito bem pagos para dar palpites idiotas. *Povo iauanaua apóia prospecção *O coordenador da nação iauanaua, Joaquim Yananawá, conversou ontem longamente com o senador sobre a próxima prospecção de gás e de petróleo pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). *Ele já estava a par da polêmica com alguns ambientalistas. Prestou atenção nas ponderações do senador e depois ligou para outros líderes da aldeia expondo o assunto. Em seguida, garantiu o apoio de seu povo ao projeto de prospecções da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no Acre em busca de gás e de petróleo. *“Queremos participar. Estamos abertos às prospecções”, disse. *Na concepção de Joaquim, um povo indígena só pode cultivar sua herança cultural se for unido e só pode ser unido se tiver um projeto econômico. Ele diz que a venda da produção do corante de urucum para a indústria européia ajudou a consolidar seu povo economicamente, o que abriu caminho para a reorganização cultural. *Disse que os royalties de uma possível futura exploração desde que ocorra sem danos ambientais são bem-vindos, pois garantirão ainda mais a independência econômica de seu povo. Segundo ele, tudo que o homem faz tem um preço. “Se eu fizer uma casa na aldeia, terei que cortar uma árvore”. Considera que para diminuir a pressão ao meio ambiente no planeta é preciso diminuir o consumo, o que depende da disciplina de cada um em seu consumo diário. Mas, já que existe o consumo, alguém tem que produzir. Para ele, não é justo que nossos vizinhos explorem e nós não possamos fazê-lo. *No caso do Acre, se pudesse substituir o óleo diesel consumido por gás produzido aqui mesmo, o impacto ao meio ambiente seria consideravelmente menor. Ademais, ele entende que os recursos dos royalties podem ser utilizados para a proteção e o estudo da floresta e a preservação perene. Para ele, a soja seria bem pior, pois implicaria desmatamentos. *“Estamos com toda a riqueza. Temos a floresta, a biodiversidade, a diversidade cultural. Talvez estejamos também em cima da riqueza. Mas somos pobres! É isto que precisa acabar. O acreano precisa disto e o petróleo e o gás, podem propiciar isto”, arriscou. *Tião promete ajudar *O coordenador da nação iauanaua, Joaquim Iawanawa, sua esposa Laura e a pajé Raimunda Putani visitaram o senador Tião Viana, em seu escritório ontem, cultivando, assim, o bom relacionamento que sempre existiu entre eles. *De início, os índios tiveram uma boa notícia: um projeto para criação de pequenos animais na aldeia iauanaua, articulado pelo escritório do senador em Rio Branco, em parceria com a Seater foi aprovado. *Segundo Joaquim, a população do povo iauanaua vem aumentando e é cada vez maior a pressão por caça, o que pode afetar os recursos da fauna da região. Por esse motivo, o projeto vem a calhar dentro dos planos da aldeia que em breve já poderá ter nova fonte de proteínas. *Joaquim está preocupado com os casos de diarréia na aldeia e transmitiu isto ao senador. *Providências já estão sendo tomadas em relação ao fornecimento de remédios e ida de uma equipe itinerante. O senador também vai apoiar o povo iauanaua em um projeto de saneamento para toda a aldeia, situada na região do Rio Gregório. Dentro de um mês, os iauanauas, com apoio do escritório do senador e do Seplands, já estarão com o projeto pronto e então começa a articulação em Brasília. *Joaquim ainda falou de outro projeto que deverá entrar em funcionamento em julho deste ano: o Centro de Terapia em Medicina Tradicional Iawanawa.
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