Cremero faz denúncia no MP sobre prática ilegal da auto-hemoterapia

Além do charlatanismo, os profissionais de enfermagem que praticam a auto-hemoterapia incorrem no crime de exercício ilegal da profissão, alertou o médico. Leia mais>>>

Da Redação

06 de Fevereiro de 2008 às 11:49

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Cremero faz denúncia no MP sobre prática ilegal da auto-hemoterapia

Foto: Divulgação

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O presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), Aníbal Cavalcante, afirmou que formulou denúncia na última sexta-feira (03), ao Ministério Público de Rondônia (MP/RO), sobre a prática irregular da chamada “auto-hemoterapia”. O procedimento é realizado por profissionais da enfermagem em Rondônia em ambulatórios de drogarias. O Cremero tomou essa medida por considerar que as pessoas que fazem esse dito tratamento, estão expostas ao risco. *Cavalcante afirma que o Conselho Federal de Medicina reconhece a prática e a responsabilidade da hemoterapia como sendo de “exclusividade do médico especialista”. Além do charlatanismo, os profissionais de enfermagem que praticam a auto-hemoterapia incorrem no crime de exercício ilegal da profissão, alertou o médico. *“A manipulação do sangue e seus hemo-componentes (concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado) e hemo-derivados (albumina, imunoglobulinas e fatores da coagulação) é exclusiva do médico hemoterapueta”, afirma o presidente. *RISCOS *Os riscos para quem faz essa auto-hemoterapia, são muito grandes, pois antes de qualquer doação, mesmo sendo a autóloga (doador-paciente), o sangue deve ser submetido a testes para detecção de doenças infecciosas transmissíveis, os mesmos aos quais são submetidos os doadores de sangue feitos pela hemorrede. *“Os risco de se acelerar o processo de uma doença transmissível que o doador-paciente possa ter e que ainda não desenvolveu são bem maiores. Se o indivíduo for portador da Hepatite B, por exemplo, não sabemos como seu organismo poderá reagir ao receber esse sangue contaminado que circulava em um órgão e foi parar em outro ( o sangue é retirado da veia e aplicado no músculo)”. *O médico explica que as pessoas não se dão conta dos perigos que pode haver quando da retirada de um órgão para outro órgão, pois os tecidos são diferentes e podem apresentar reações desconhecidas. Outra preocupação do médico é quanto à utilização de seringas descartáveis e do ambiente em que as pessoas ficam expostas. “Já ficamos sabendo de casos em que o paciente-doador apresentou abcesso (tumor purulento) no músculo”, afirmou o presidente do Cremero. *“A manipulação de sangue deve ser feita em local adequado e somente em casos de prescrição médica, pois esta identificará exatamente de que hemo-componente ou hemo-derivado o indivíduo precisa. Além disso, não há comprovação científica alguma quanto a benefícios da auto-hemoterapia. *O QUE É HEMOTERAPIA *Ao contrário da prática feita nos ambulatórios, a Hemoterapia é o emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundido como sangue total ou como um de seus componentes e derivados (hemoderivados), obedecendo criteriosamente a indicação médica. *Os componentes sanguíneos (hemocomponentes) são obtidos através de processos físicos e são eles: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. Já os derivados sanguíneos (hemoderivados) são fabricados através da industrialização do plasma e são eles: albumina, imunoglobulinas e fatores da coagulação (Fator VII, Fator VIII, Fator IX, além dos complexos protombínicos). *Os principais hemocomponentes utilizados na terapia transfusional são: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Não se deve usar plasma normal (sem os fatores de coagulação) para a transfusão, ficando seu uso restrito à indústria. Os hemoderivados mais usados são:albumina, imunoglobina, preparados hemofílicos (fator VIII e fator IX). (fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre)* * Veja também: * ALERTA: Prática irregular da hemoterapia pode oferecer riscos à população e penalidade para quem pratica>

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