Depois de avaliar com profundidade a estranha ocorrência envolvendo uma liderança da comunidade de base da Igreja Católica, o vigário geral da Diocese de Rio Branco, Padre Asfhury Figueiredo decidiu que o salão da catedral, onde aconteceu o atentado ao pudor não será mais aberto durante as missas.
“Lamento profundamente o ocorrido e não sei se eu devo pedir desculpa. Não foi um ato cometido por mim. Mais peço aos pais, às crianças que tenham toda a tranqüilidade e serenidade, que fato dessa natureza não acontecerá mais aqui na Catedral”, garante o padre Asfhury Figueiredo.
O suposto caso de atentado violento ao pudor ocorreu durante a missa do último domingo, quando o jovem Marcelo Sampaio do Amaral, 37, foi flagrado com duas menores, uma de sete e outra de nove anos, dentro do banheiro do salão paroquial da catedral Nossa Senhora de Nazaré.
Segundo padre, a polícia foi acionada por meio de um telefonema anônimo e que depois da chegada da polícia e de dois advogados, o acusado foi conduzido à Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher.
O vigário afirmou que em nenhum momento ele quis defender o rapaz, apenas pediu aos policiais que aguardassem a chegada de dois advogados, para que o mesmo fosse conduzido à delegacia. Asfhury desmentiu que tivesse ocorrido sangramento das partes intimas de uma das crianças, como chegou a ser vinculado na imprensa.
De acordo com o padre, o Marcelo Sampaio do Amaral saiu da Catedral conduzido pelo tio dele, que é advogado e que ele – Asfhury - soube que naquela mesma noite o Marcelo já foi transferido para a Unidade de Recuperação Social, Dr. Francisco D’Oliveira conde, antiga penitenciária de Rio Branco.
Na opinião do padre, a imprensa deturpou os fatos. “Para mim, tudo bem. Eu sempre quero respeitar que a imprensa tem o seu trabalho a ser feito e termina divulgando o que ouve ou o que escuta, porque divulgou inclusive que o rapaz havia introduzido um dos dedos nas partes intimas de uma das crianças, o que não é verdade”, lamentou o padre.
O vigário também afirmou que nunca imaginou que o jovem, que segundo ele tinha um comportamento estranho, poderia ter tal atitude. Com relação ao fato do jovem ter biquíni infantil dentro da bolsa, ele não quis fazer nenhum comentário sobre a premeditação do caso.
Com relação ao fato ocorrido e a convivência entre a Diocese de Rio Branco e a comunidade do município, ele afirmou que o rapaz tinha uma aparência estranha, e que ele espera que as relações não mudem.
(Freelance)
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