*De acordo com o Major Machado, comandante das operações no Presídio Urso Branco, a rebelião ainda não terminou porque o presos não cumpriram o acordo, posto que, segundo a PM, Birrinha será liberado assim que os familiares dos apenados forem liberados. “As exigências dos presos foram atendidas, agora esperamos um contato deles”, informou o major por volta das 16h aos jornalistas. Às 20h 30, quando a imprensa deixou o local, o contato não foi feito.
*Os jornalistas, aliás, eram parte da estratégia da PM, pois a presença dos profissionais da imprensa dentro do Urso Branco seria uma exigência dos amotinados, assim como os membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Defensoria Pública e Comissão de Justiça e Paz da Igreja Católica.
*Entretanto, o discurso da Polícia Militar,que controla as operações, é o mesmo. “A negociação está avançando, o clima é de tranqüilidade e a PM tem total controle da situação”, fala o paciente Major Machado.
*Do lado de fora, mães, irmãs e esposas de detentos se esgoelam, entre gritos e choros à espera do fim do motim. O término da agonia parecia se aproximar com a chegada da viatura onde estaria Birrinha, muitas das mulheres vibraram ao ver o comboio que teria levado o bandido de volta ao Urso Branco.
*A rebelião começou no domingo, durante a visita de natal. São 185 mulheres e 11 homens, familiares dos amotinados, que permanecem no presídio como reféns.