As coisas não andam nada bem no governo do petista Roberto Sobrinho. Há um negativismo que a todos contamina. A menos de um ano das eleições municipais, Sobrinho amarga índices pífios de aceitação popular.
Em sua mensagem de Natal e Ano Novo, dirigida aos munícipes de Porto Velho, Sobrinho procura apresentar a capital como sendo uma cidade paraíso.
Ladeado de familiares (esposa e filhos), enche a boca para falar das usinas do rio Madeira e da construção dos shoppings Porto Velho e Madeira, como se as obras fossem uma conquista de sua administração, mas não faz nenhuma referência a eventuais melhorias na prestação de serviços essenciais à vida da população, como o transporte coletivo.
Como diz o ditado popular, a administração vai devagar quase parando. Não bastasse a inquietação generalizada, aqui e acolá, o Sindicato dos Servidores Públicos do Município (SINDEPROF) ameaça deflagrar um movimento paredista, em conseqüência de compromissos assumidos pelo prefeito com a categoria, mas não cumpridos.
Há cerca de dois anos, as obras da policlínica Hamilton Gondim, no bairro Tancredo Neves, Zona Leste da cidade, estão paralisadas. Suspeita-se de direcionamento. Some-se a isso o escândalo envolvendo o desvio de mais de seiscentos mil reais do Sistema Único de Saúde (SUS)
No próximo ano, contudo, haverá um julgamento popular. Se resolver candidatar-se à reeleição, Sobrinho corre o sério risco de provar o sabor amargo da derrota, simplesmente porque insiste em fazer as cosias à sua maneira, dando ouvidos a bajuladores contumazes, relegando o interesse público a um plano secundário.
Lamentavelmente, a população muita vezes se engana quando é chamada a julgar. No primeiro julgamento da história da humanidade, o povo resolveu crucificar um inocente (Cristo) e absorver um malfeitor (Barabas),
Naquele júri popular da história, os falsos moralistas da época mandaram às favas a justiça, a moral e os mais comezinhos sentimentos de humanidade e escrúpulos, que deveriam iluminar os espíritos e nortear os corações das pessoas, condenando a morte um homem justo e amante supremo da liberdade e do bem coletivo.
O eleitor precisa entender que a responsabilidade do voto transcende à sua trivial percepção. Os falsos profetas já começaram a distribuição de migalhas aos incautos, como, por exemplo, o pagamento de abano, posando de bons moços e defensores dos fracos e oprimidos. Tudo no mais puro cinismo.