*As eleições diretas para a escolha de presidente, vice-presidente, deputados, senadores faz com a Bolívia decida fechar suas fronteiras neste domingo. Os bolivianos irão às urnas também para escolher, pela primeira vez, prefeitos e governadores dos departamentos. O fechamento da fronteira em Epitaciolândia e do comércio em Cobija, por determinação judicial, pode frustrar o desejo dos acreanos de garantir as compras de presentes a uma semana do Natal.
*As pousadas e hotéis do município de Brasiléia aguardam uma retração no índice de ocupação de leitos. O gerente da Pousada Las Palmeiras, Edival Camilo, diz que é provável que o número de hospedagem caia quase à metade no fim de semana. Dos 34 leitos existentes, 80% são ocupados por pessoas que vão à cidade de Cobija (BO) fazer compras. Neste período é comum aumentar o fluxo de turistas à Zona de Livre Comércio de Epitaciolândia.
*A delegada da Receita Federal no Acre, Rosane Esteves, disse que o fechamento da fronteira não irá sobrecarregar o posto de fiscalização durante o dia de hoje. Há duas semanas, a DRF aumentou o quantitativo de servidores para reforçar o atendimento até o dia 25. Neste período, o número de acreanos que fazem compras em Cobija aumenta em 300. Cerca de 20 mil estão sendo esperados na última semana antes do Natal. Mesmo com a fronteira fechada, a delegada garante que o posto da DRF estará aberto amanhã, de 8h às 18h. O fechamento da fronteira será efetuado a partir de meia-noite de hoje até às 18h deste domingo.
*Processo eleitoral na Bolívia poderá ser tumultuado
*As eleições presidenciais e parlamentares da Bolívia ocorrem antes do prazo previsto. Oito candidatos disputam a eleição para presidente. O mais cotado deles, segundo as pesquisas, é Evo Morales, do esquerdista Movimento ao Socialismo. Morales é deputado e indígena com forte apreciação popular. Seu mais forte concorrente é Jorge Quiroga, de partido de direita. Se vencer, segundo os especialistas, poderá suscitar novos protestos da população como o que resultou, em 2003, na renúncia do presidente Gonzalo Losada, e de seu sucessor Carlos Mesa em junho deste ano.
*Foi por este motivo que as eleições presidenciais e parlamentares da Bolívia foram convocadas antes do prazo previsto. Desde o início do segundo semestre de 2005, o país está sendo governado pelo ex-presidente da Corte Suprema Eduardo Rodríguez. Na Bolívia, como no Brasil, durante o período eleitoral é proibida a venda de bebidas alcoólicas. Três candidatos disputam o governo do Departamento de Pando, na fronteira com o Estado do Acre.