Amazonas - Mãe reencontra filho em Manaus depois de 30 anos

Da Redação

15 de Dezembro de 2007 às 08:41

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Amazonas - Mãe reencontra filho em Manaus depois de 30 anos

Foto: Divulgação

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MANAUS - Depois de 30 anos de procura, a dona de casa Sebastiana Borges Santiago, 45, finalmente poderá passar o primeiro Natal ao lado do filho, Anauá Gomes Santiago, 30, levado pelo pai quando tinha cerca de dez meses de idade e morava em Manaus. *Eles se reencontraram ontem, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, onde Sebastiana esperou por quase duas horas a chegada do vôo que saiu de Porto Velho (RO), onde Anauá mora atualmente, e atrasou em uma hora. “Já estou esperando há 30 anos por esse momento. Nunca desisti de encontrar meu filho. Coisas ruins até passaram pela minha cabeça, mas sempre tive fé que iria encontrá-lo”, disse. *Sebastiana contou que tentou, todos esses anos, localizar Anauá, que morava com o pai dele, Manoel Gomes, que morreu há três anos. “Eu não sabia nem por onde começar a procurar”, lembrou. *Anauá disse que soube a verdade sobre a mãe apenas aos 15 anos. “Meu pai, que hoje é falecido, contou-me a verdade e me incentivou a procurar por ela”, disse. Ele chegou a escrever 18 cartas para o programa Em Nome do Amor, do SBT, que era apresentado por Sílvio Santos, e outras 79 cartas para o programa Domingo Legal, da mesma emissora, contando a história dele, mas nunca recebeu resposta. No início deste ano, ele participou da gravação de um programa para a emissora paulista RedeTV (Anauá não lembra o nome do programa), que veiculou a história dele em rede nacional. *Em Manaus, um dos irmãos de Sebastiana, chamado Magno, assistia ao programa e reconheceu a história narrada na matéria. “Esse meu tio entrou em contato com um amigo meu e forneceu os nomes da minha mãe e avó, mas não deixou endereço nem telefone de contato. Depois de alguns dias, vasculhando a internet, encontrei o endereço da minha avó e escrevi uma carta”, lembrou. *Na carta, Anauá contava sobre a vida que levava em Porto Velho, os filhos que teve e perguntava pela mãe dele, Sebastiana. “Eu queria saber se ela estava viva, porque eu não tinha encontrado o endereço dela”, contou. *Dias depois, veio a resposta e a uma surpresa: Sebastiana mantinha, pela primeira vez em 30 anos, contato com o filho mais velho (depois de Anauá nasceram outros oito). Há três anos, um dos filhos de Sebastiana, então com 15 anos, foi assassinado. “É um ‘presentão’ de Natal. E Deus, que há três anos me tirou um filho, agora me trouxe outro, o Anauá”, disse, emocionada. *Na carta escrita a Anauá, a mãe enviou o endereço e o telefone dela. “Desde então, passamos a nos falar quase que diariamente. E, se depender de mim, vai ser assim para sempre, porque não quero nunca mais me separar do meu filho. Já sofri demais”, contou. *Anauá, que veio a Manaus para ficar apenas três meses, também promete não se afastar de Sebastiana. “O que eu quero mesmo é morar perto dela. Se arrumar um emprego, fico aqui. Se não, meus irmãos que me perdoem, mas vou levar minha mãe comigo para onde eu for”, afirmou.

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