*Em reunião com o superintendente do Incra/RO, integrantes do Fórum Transparência Rondônia manifestam apoio à operação da Polícia Federal, decidem fazer vigília no órgão e solicitam auditoria de Brasília.
*Representantes de movimentos sociais e organizações não governamentais que compõem o Fórum Transparência Rondônia estiveram reunidos na tarde de quarta-feira com o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Olavo Nienow, para manifestar apoio à operação Terra Limpa da Polícia Federal, que investiga a emissão de documentos oficiais para áreas públicas invadidas e ocupadas indevidamente, resultando na prisão de 12 pessoas nessa semana, sendo oito servidores do Incra.
*O representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Jair Bruxel, disse na reunião que “devido ao caráter temporário das prisões e a fim de evitar que o problema caia no esquecimento, estamos nos reunindo aqui para traçar as estratégias e prestar nosso apoio ao superintendente e aos servidores que estão realmente comprometidos com a causa pública”.
*De acordo com Olavo Nienow é fundamental a sociedade acompanhar os desdobramentos desse caso “para que possamos vir a ter um serviço público, com lisura, transparência e exclusivamente voltado para seu fim”, destacou.
*O Fórum Transparência Rondônia participou da reunião com membros integrantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagro), Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento Camponês Corumbiara (MCC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI-RO), Comissão Justiça e Paz (CJP), Articulação Central das Associações Rurais de Ajuda Mútua (Acaram), Cooperativa dos Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaram) e CPT.
*Os participantes pediram uma auditoria por técnicos da sede do Incra para levantar todos os possíveis envolvidos nesses processos fraudulentos e a quantidade de áreas adquiridas indevidas, o que já havia sido solicitado pela superintendência regional. Três auditores de Brasília chegaram nessa quinta-feira para apoiar a ação.
*Convidado para a reunião, o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Miguel Sobral, esclareceu que são dois os objetivos da Polícia Federal com essa ação: propiciar a devida credibilidade aos processos públicos e a retomada das áreas ilegalmente obtidas.
*O grupo decidiu realizar uma vigília em frente ao Incra nos próximos dias e informou que está encaminhando mais quarenta denúncias de casos correlatos.