Oito anos depois de ser acusado de um homicídio e uma tentativa do mesmo crime contra dois irmãos, o sargento da Polícia Militar, Rosemaqui Galdino Rodeiro, 44, foi condenado pelo Tribunal do Júri Popular a uma pena de 16 anos de reclusão.
Conforme consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, os crimes ocorreram no dia 1º de outubro de 1999, na casa de outro policial militar, no bairro Tancredo Neves II, onde comemoravam o aniversário da mulher deste.
Após uma discussão envolvendo uma das vítimas, Rosemaqui sacou sua pistola da cintura e efetuou cinco disparos contra Márcio Antônio Souza da Silva, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Após atirar em Márcio, Rosemaqui engatilhou sua pistola e apontou para Magno Souza da Silva, que tentava socorrer o irmão baleado e só não o matou porque faltou bala na arma.
A sessão de julgamento ocorreu na terça-feira e teve início às 8 horas da manhã, mas só depois de doze horas de trabalho a juíza Lana Leitão leu o veredicto. Por 4 votos a 3, os jurados consideraram o sargento culpado pelos crimes imputados a ele: homicídio qualificado por motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima. Por este crime, ele recebeu a pena de 12 anos e de mais quatro pela tentativa contra Magno. Apesar da condenação, foi lhe dado o direito de permanecer em liberdade até que o recurso da defesa seja julgado e o processo transite em julgado.
Os advogados do réu, Leno Lira e Elias Bezerra, alegaram legítima defesa. Segundo eles, o sargento atirou em Márcio no momento que este veio em sua direção armado com uma faca.