Giraffas, Spoleto, Habib’s e Bob’s somam R$ 1,5 bi em faturamento Modelos menos engessados permitiram às redes chegar a esse valor
*Neste ano, quatro das maiores rede locais - Giraffas, Bob’s, Spoleto e Habib’s - vão faturar, juntas, mais de R$ 1,5 bilhão. É um número importante, pois revela o amadurecimento do setor. As empresas só chegaram a esse patamar porque criaram modelos menos engessados.
*A rede Giraffas nasceu como uma lanchonete de sanduíches, sucos e sorvetes em Brasília, mas conquistou o resto do País ao incluir arroz e feijão no cardápio. “Quando a primeira loja foi criada, há 25 anos, a inspiração era o McDonald's”, diz Claudio Miccieli, diretor-executivo da Giraffas. “Depois, adaptamos o cardápio ao gosto brasileiro.”
*A empresa, que até cinco anos atrás estava concentrada na região Centro-Oeste, está presente hoje em dez Estados. No próximo ano, pretende bater recorde de abertura de lojas. Estão previstas pelo menos 40 inaugurações. Um dos focos será o Nordeste.
*O velho Bob’s finalmente decolou quando decidiu reforçar dois de seus antigos atributos: comida com sabor e cardápio flexível. Um bom exemplo é o sanduíche de picanha. Lançado em julho deste ano, já responde por 10% das vendas da categoria. “Temos preocupação enorme com sabor. Aqui, o consumidor também pode montar o sanduíche como quiser. É assim que a gente se diferencia da concorrência”, diz Flávio Maia, diretor de marketing, expansão e franquias do Bob’s.
*A rede passou por uma reestruturação financeira e de imagem. Em 2005, teve o melhor ano da última década, com faturamento de R$ 350 milhões e sem dívida bancária. No primeiro semestre, as receitas foram 20% maiores que as do mesmo período do ano anterior.
*A boa fase da rede de fast food mais antiga do Brasil se traduziu também em expansão. Ela deve fechar este ano com 560 pontos-de-venda e fincar sua bandeira em todas as capitais do País até o começo de 2007. “Faltava Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, para completar o mapa”, diz Maia.
*“De uns tempos para cá, houve a solidificação das franquias brasileiras. Elas fizeram diferença porque conhecem o padrão local, coisa que Subway, Pizza Hut e KFC não deram a mínima”, diz o coordenador-adjunto do Centro de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Eaesp), Tales Andreassi. “O modelo de negócios é similar, com margens pequenas, ganho por volume e forte padronização.”
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