O leite e o queijo que assombram o País não são os únicos perigos que entram pela boca dos brasileiros. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) registra este ano mais de 200 casos de produtos fora da lei. Foram interditados, por exemplo, quatro lotes de derivados de amendoim: Paçoca Rolha, Irlofil (lote 512/2), Paçoca Rolha, Covizzi (4671), Paçoca Rolha, Amendupã (2108), e Paçoca Arangel (2406). Os produtos tinham teores de aflatoxinas superiores aos permitidos. As aflatoxinas são substâncias produzidas por fungos e seu desenvolvimento se dá em condições adversas de armazenamento, como umidade.
A presença de aflatoxina não significa que o consumo do produto contaminado causará câncer ou outras doenças, mas, sim, que existe o risco, pois isso depende da quantidade e da freqüência com que o alimento contaminado é ingerido.
Também foi suspenso o remédio Utoral, da Meizler Biopharma (E668608), que inibe multiplicação de células cancerosas e é usado para controlar vários tipos da doença, mas não trazia na bula os efeitos colaterais.
Outros remédios suspensos
Medicamentos da J.B. Marvila, da M.R. Marvila e produtos da Farmácia Alquiotupã foram suspensos por falta de registro. A Anvisa também suspendeu o Cianidin (Cimetidina) 200 mg, da Companhia Brasileira de Antibióticos (Cibran); Xarope Peitoral de Ameixa Composto Simões e Cerus Solução Oral Simões, do Laboratório Simões. Nenhum deles apresentava registro.
Pelo mesmo motivo foi suspenso o uso dos medicamentos da Poly Flora Produtos Naturais, Kingston Chemical Produtos Químicos e os lotes 2183 e 2188 da Dipirona Sódica, fabricado pela Natulab, por problemas na rotulagem e no pH, além da data de fabricação e validade inelegíveis.