A Maternidade Municipal iniciará o trabalho de aconselhamento e planejamento familiar para as pacientes na faixa-etária dos 10 aos 19 anos, após a contratação dos concursados pela Prefeitura. A informação foi repassada na última terça-feira (24), pela diretora daquela unidade de saúde, Ida Perea, aos promotores estaduais Marcelo oliveira, da Promotoria da Infância e Juventude, e Emília Oiye, da Promotoria de Saúde, por oportunidade da visita de ambos à maternidade.
* A preocupação em trabalhar com o planejamento familiar nessa faixa-etária se deve, segundo Ida Perea, ao número de menores que chegam à maternidade para terem filhos, cujo índice é de 40%. Para a diretora, é preciso orientar essas crianças e adolescentes sobre os problemas de uma gravidez precoce e sobre a necessidade de um intervalo de dois anos entre uma gestação e outra, para evitar problemas, tanto para a mãe quanto para o bebê.
*No trabalho sobre planejamento familiar, as crianças e adolescentes aprenderão como usar os métodos anticoncepcionais. A maternidade vai oferecer também os produtos às pacientes. A equipe será formada por médico, enfermeiro,psicólogo e assistente social. “Não instalamos esse trabalho porque ainda não temos a equipe contratada”, destacou. Essas pacientes, após o parto, serão acompanhadas durante dois anos, evitando, assim, uma nova gravidez.
*Ao ser indagada sobre o número de partos cesários realizados na maternidade, a diretora explicou que chega a 18%, número ainda considerado alto, uma vez que o Ministério da Saúde preconiza 15%. No geral, a média no Brasil, na rede SUS, é de 25%. “Vamos continuar trabalhando para atingirmos os 15%”, disse.
*Durante a visita, o promotor Marcelo Oliveira destacou a sala exclusiva de atendimento as pacientes vítimas de aborto e de violência sexual. Ida Perea explicou que a maternidade é uma das poucas do Brasil a ter uma área reservada às mulheres que passam por esse tipo de problema. “Elas entram e saem por um setor separado dos demais, disse. Para o promotor, a decisão não podia ser melhor, “pois é inadmissível uma pessoa que está chorando a perda do filho, ficar no mesmo local de uma paciente que está feliz com o nascimento do seu bebê”.
*Para o promotor, é preciso também fazer um trabalho de conscientização junto às pacientes e familiares para que estes ajudem a preservar o ambiente que estão usando. “Muitas pessoas não se preocupam em preservar o material que usam, não sujar as paredes, por exemplo”, declarou. Na opinião dele, “se não for realizado esse trabalho de conscientização, dentro de alguns anos a estrutura estará deteriorada”.
*A diretora destacou o trabalho que vem sendo realizado pelo prefeito Roberto Sobrinho e pelo secretário de Saúde, Sid Orleans, para que a maternidade ofereça todas as condições necessárias para o atendimento de qualidade, dentro do que determina o Ministério da Saúde.
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