A perda do Assessorado - Por Viviane Vieira

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Foto: Divulgação

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Preciso pedir desculpas aos colegas e amigos jornalistas. Nesta quinta-feira, 18 de outubro, no momento em que deveria mostrar minha competência como assessora de imprensa cometi erros fatais... Enviei um e-mail com um histórico da atuação de Fernando Manoel Fernandes da Fonseca, que serviria de base para matérias do falecimento, sem o dito texto. Felizmente, Antônio Queiroz e Veronilda - fico devendo esta para vocês, me comunicaram o deslize. Novamente peço desculpas, porque ao reenviar o texto que serviria de fonte para as matérias divulgadas na imprensa local não percebi o segundo erro fatal. O dia do falecimento de Fernando Fonseca, quinta-feira, 18 de outubro, saiu como “quarta-feira” – 18 de outubro. Minha terceira falha, que na verdade no reconhecimento da ordem dos erros seria a número 1 – foi meu envolvimento pessoal com o assessorado. Um comportamento que fere a ética jornalística e prejudicou minha atuação. E, com isto não quero dizer que ela sempre foi o máximo, em termos de eficiência! Há oito anos faço parte da equipe de Assessoria de Comunicação e Relacionamento Empresarial da Eletronorte. Quando iniciei não tinha experiência prática de assessoria de imprensa e aos 24 anos, nenhuma bagagem de vida para trabalhar com uma pessoa como Fernando Manoel Fernandes da Fonseca. Não se desesperem não vou agora, eu que nunca apareci na mídia para manifestar minha opinião sobre qualquer tipo de assunto – ser demagoga. Mas, é humanamente impossível não expressar minha indignação com minhas falhas... Errei e errei feio. O conheci quando tinha nove anos e jamais imaginei que aquele senhor, que ocasionalmente freqüentava o atelier de costura de minha mãe, com a esposa Júlia Arcanjo seria um dia meu assessorado. Por isso, quando tive a oportunidade de estagiar na Eletronorte e trabalhar diretamente com ele, com uma missão difícil de substituir um jornalista experiente, como Rubens Coutinho, senti aquele friozinho na barriga. Nos primeiros dias de trabalho não sabia nem como me referir a ele: Sr.Fernando, engenheiro Fernando ou apenas Fernando – como grande parte dos trabalhadores da Eletronorte o chamava. Esta situação foi resolvida por ele mesmo que se divertia com a minha falta de jeito quando eu falava: o senhor precisa...E, ele sorrindo respondia: a “doutora” precisa...Diante de sua reação optei pelo usual engenheiro Fernando. Durante esses anos de convívio diário tive a oportunidade de desenvolver vários projetos na comunicação da Eletronorte. Ele nunca me disse um não. Sempre me pedia para convence-lo dos resultados e só conversarmos sobre o assunto quando o trabalho era concluído. O sonho de todo assessor de imprensa! Não era difícil saber o que ele queria, porque a visão empresarial e a confiança que depositava na equipe favoreciam a evolução contínua dos profissionais. Fernando adorava desafios. Sempre começava uma reunião dizendo: “Tenho uma missão para vocês” e concluía: “Eu não vou me preocupar mais com isso, confio plenamente em cada um”. Assim justifico o injustificável, meu envolvimento com um assessorado que jamais deixou de perceber quando eu não estava bem e sempre teve tempo para ouvir os problemas alheios, mesmo durante seu tratamento médico. Alguns dias atrás recebi várias ligações do engenheiro Fernando e não era para nenhum trabalho especial. Ele queria notícias da minha família e aproveitava para perguntar seu eu estava menos geniosa, menos perfeccionista e mais resiliente; se estava lendo os livros que ele havia indicado... Uma preocupação paternal que ele repartia com muitas outras pessoas. Por isso, me perdoem por não conseguir, na última quinta-feira, ser profissional o suficiente para controlar minhas emoções. A perda do “Assessorado” está sendo dolorosa demais, para mim que sou filha única e o considerava como um pai.
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