Iniciativas como o Seminário Rondoniense de Apicultura 2007, que acontece esta sexta-feira (5) em Vilhena, no sul de Rondônia, têm importante impacto social e econômico, pois contribui para a revolução no pensamento dos produtores de mel da região. A avaliação é do especialista em apicultura peruano Andrés Llaxacondor, da empresa Abejas del Peru, um dos convidados para o evento.
O seminário, além de uma ação do Arranjo Produtivo Local (APL) da apicultura no centro-sul de Rondônia, acontece como uma das atividades da Semana das Micro e Pequenas Empresas, que vão de 1º a 5 de outubro, dia nacional desse importante setor econômico brasileiro.
A mobilização do setor apícola e das instituições que o apóiam permite que os apicultores tenham uma visão mais ampla de público e potenciais clientes em função, principalmente do mercado interno, já que sua produção ocorre numa região privilegiada, a Amazônia.
“O seminário possibilita, também, a troca de experiências tecnológicas e comerciais. O Brasil tem oportunidade especial em relação aos demais produtores de mel: o mercado interno que propicia a agregação de valor ao produto, chegando-se a alternativas igualmente ou superior rentavelmente como o própolis”, entende Llaxacondor.
Um dos palestrantes convidados a participar do seminário de apicultura de Rondônia com o tema “Oportunidades de mercado para a apicultura: uma possibilidade desenvolvimento sustentável”, Llaxacondor vem pela primeira vez a Rondônia. Mas ele conhece bem a potencialidade de produção e o mercado de mel brasileiros, empenhados em seguir as diretrizes do mercado consumidor do produto: primar pela produção ecológica, sem degradação do meio ambiente, como exige a União Européia.
Ele lembra, ainda, a necessidade de se estar atento para questões fitossanitárias antes das mercadológicas, que é uma conseqüência natural de uma cadeia produtiva fruto da consciência ecológica.
De acordo com ele, “a apicultura em si é naturalmente ecológica. Basta apenas que o homem tome os cuidados necessários para mantê-la limpa”. Ele cita como o exemplo o trabalho que vem sendo feito por vários governos mundo afora, entre eles o peruano: unindo uma atividade comercial a outra turística.
Ele continua explicando que 70 por cento da polinização da Amazônia é feita por abelhas sem ferrão. Em seu país, além do turismo, as abelhas contribuem também para o desenvolvimento da agricultura, na polinização das plantações de abacates, por exemplo.