As eleições 2006 entram na reta final. Estamos na última semana para os candidatos buscarem os votos necessários para se elegerem. Um novo cenário começa a se moldar.
*É esperada a renovação de boa parte dos deputados estaduais e federais. No senado, com uma só vaga em disputa, a campanha está acirrada com a divulgação de pesquisas com diversos candidatos aparecendo como favoritos. Pela lógica matemática, apenas uma pesquisa vai acertar. As outras podem ser consideradas pesquisas picaretas, com o intuito de enganar o eleitor. Faltam poucos dias para desnudarmos o sério do vagabundo.
*A eleição do próximo governador de Rondônia, que até a algumas semanas atrás era “barbada” para o atual ocupante do palácio Getulio Vargas, candidato a reeleição, pode ter chegado à reta final com o sinal de alerta ligado.
*Cassol cometeu erros de estratégia que podem comprometer sua candidatura. Até a vitória no primeiro turno pode não ocorrer.
*A primeira das besteiras cassolistas foi no ínicio da campanha. Afirmava-se que o homem do chapéu já estava eleito. Um clima de euforia tomou conta de seus correligionários. Perderam a noção do certo e errado e principalmente, de quem eram seus adversários.
*Comprou uma briga com o bispo da Igreja Católica em Ji-Paraná. Impulsionado pelo sangue italiano que corre nas veias, foi á diocese tomar satisfações sobre a inserção de sua imagem num cartaz onde estavam também os atuais deputados estaduais acusados de corrupção. Sua assessoria não foi capaz de demovê-lo da visita. Besteira homérica.
*Daí para frente foi uma sucessão de erros de percepção de situação.
*O pior de todos e que pode sepultar sua moral de homem de palavra, que honra as calças que veste, foi se aliar a antigos adversários. Dizem que a preço de ouro, Cassol comprou uma “assessoria” de comunicação. Pagou caro pela “parceria”. Perdeu sua credibilidade.
*A maior das cagadas ( a palavra certa, apesar de chula é cagada), foi tentar desmoralizar o Bispo. Para isso encomendou uma pauta a seus novos assessores.
Mal conduzida, a reportagem foi deprimente para o jornalismo em Rondônia. Ficou nítida a falta da Academia na formação de profissionais de imprensa.
*Se Possamai ficou desacreditado pela reportagem, o que pode se dizer da imagem de Cassol. Sim porque o leitor/eleitor não é idiota. Todo mundo percebeu que houve direcionamento negativo e parcialidade. Evacuaram na campanha de Cassol.
*O governador e sua assessoria perderam o norte. Ivo denunciou os deputados corruptos. O alvo eram os marginais travestidos de representantes do povo e não um bispo de 80 anos de idade que toma uma cerveja. O cacete tinha que comer na moleira destes marginais. A eleição já poderia estar definida.
*Depois de sexta-feira, está nítido que Ivo Narciso Cassol perdeu o foco da campanha, perdeu a credibilidade e se bobear e insistir na “genialidade” de alguns assessores pode perder também as eleições.