São Lucas tem acadêmico de 76 anos cursando medicina

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Foto: Divulgação

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*Aos 76 anos de idade, Gerson Souza Oliveira, engenheiro civil e professor de sistemas estruturais, entrou no curso de Medicina da Faculdade São Lucas. Após prestar o vestibular mais concorrido da instituição, o gaúcho de Rio Pardo radicado há 21 anos em Rondônia, confessa que iniciou o curso empolgado com a Nanotecnologia (ciências das pequenas coisas) e que a idade não é um problema. *Ele avalia que a Nanotecnologia tem revolucionado todas as ciências. O engenheiro admite que o desejo de conhecimento o levou ao estudo de Medicina. "Quero participar dos estudos sobre a Nanomedicina". Oliveira disse que todos os conceitos científicos terão que ser revistos e atualizados. "Afinal de contas, uma nova ciência começa a surgir", comemora. *O professor avalia que o apoio da família e dos amigos será fundamental para a seqüência na carreira. Porém, a idade não o impede de ser o primeiro acadêmico a chegar na sala de aula e se posicionar nas primeiras filas. A diferença de idade entre Oliveira e a maioria dos acadêmicos não atrapalha a convivência. Os colegas de classe, pelo contrário, o incentivam e enxergam no engenheiro um exemplo de persistência. *O professor José Otacílio Leite, fala com entusiasmo de seu "novo" aluno e afirma que vivemos em um período de transformação. "Hoje os idosos são personagens atuante na sociedade. Oliveira é um sinal destas mudanças". Leite afirma que a tendência é de que aumente o número de idosos em atividades escolares. "Veremos um novo comportamento e a interação entre jovens e idosos", disse. *Noutro extremo, Marcos Antonio Pitaluga Cunha, 18 anos, ao lembrar de seu colega desde os tempos de cursinho afirma que ele representa um símbolo para quem gosta de estudar. O jovem disse que mesmo depois de ter concluído vários cursos ele continua seus estudos. "Isso deve servir de exemplo até para os mais jovens que trocam o estudo por atividades pouco recomendáveis", disse. *Nanotecnologia motivou o engenheiro *O engenheiro civil Gerson Souza Oliveira pretende utilizar a Medicina nos seus estudos sobre a Nanomedicina. Aos 76 anos de idade o acadêmico arrisca que dentro de pouco tempo teremos pequenos robôs que percorrerão nosso sistema sanguíneo e farão correções em pequenos distúrbios. "As doenças serão combatidas em nosso corpo por estes robôs", disse. *Oliveira também aponta a reciclagem de material e a criação de máquinas que vão separar os diversos átomos. A visão futurista do engenheiro também revela o desenvolvimento de equipamentos que aproveitarão os átomos reciclados e formarão novas matérias. Nestes novos tempos ele explica que um atendente de mercearia, após anotar nosso pedido de carne, pode processar uma série de átomos em uma máquina e produzir a carne.
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