Os acadêmicos do curso de psicologia do ILES/ULBRA Porto Velho realizaram uma pesquisa sobre a Feira do Porto, que acontece na praça Aloísio Ferreira todos os finais de semana. A pesquisa revelou diversos fatores sociais e também o abandono do espaço, co
*Feira do Porto: fenômeno econômico, cultural e social pede socorro
*Os acadêmicos do curso de psicologia do ILES/ULBRA Porto Velho realizaram uma pesquisa sobre a Feira do Porto, que acontece na praça Aloísio Ferreira todos os finais de semana. O trabalho, que possui embasamento teórico e científico, foi realizado pelos acadêmicos Leonice Amaral, Adegemauro Brito, Ádela Rúbea, Walquíria Araújo, Isabel Rodrigues e Lusiane Gomes, sob orientação da professora especialista Mariângela Aloise que ministra a disciplina Cultura e Sociedade. A pesquisa revelou diversos fatores sociais e também o abandono do espaço, considerado importante para a cultura local.
*Origens das feiras
*Os alunos iniciaram o trabalho descobrindo a origem e a importância das feiras, de acordo com eles, ?suas origens se confundem com a própria história, desde o período do Brasil colônia, elas se multiplicaram assumindo importante papel, não apenas no abastecimento dos primeiros adensamentos humanos, mas como fundamental elemento que estrutura a própria organização social e econômica das populações?, a aluna Ádela Rúbea observou que: ?Mesmo hoje, em plena sociedade da informação e da economia globalizada, as feiras persistem como um traço sociocultural que identifica regiões e realidades muito distintas?, citou ainda feiras importantes realizadas em diversas regiões do país que viram ponto turístico, fomentando a economia local e gerando trabalho e renda para a população.
*Fundação e objetivos
* A Feira do Porto foi criada em 1999 a partir de um projeto do deputado Mário Jorge (PDT), com o objetivo de promover um fato cultural, em local público, onde as pessoas pudessem ter uma praça de alimentação, lazer, esporte e atividades culturais.
*O objetivo inicial da Feira era vender nas barracas somente alimentos típicos de Porto Velho e produtos de artesãos, ?mas isso nunca funcionou na íntegra, pois todos começaram a variar de acordo com a demanda?, informaram os acadêmicos. Para eles, o fato se explica devido à grande miscigenação cultural existente em Porto Velho. ?Este fenômeno é devido à migração de pessoas de outros estados para a capital rondoniense?, explanaram. Há seis anos, havia também apresentações de danças folclóricas, shows de artistas locais, o que oportunizava a revelação de novos talentos; além de ser um atrativo a mais da Feira.
*Situação atual
*Durante a pesquisa, os alunos ouviram reclamações dos donos das barracas em relação ao abandono por parte do poder público. ?Hoje, nem a iluminação adequada está sendo oferecida, sem contar os banheiros públicos que não existem e a necessidade de renovação da infra-estrutura, como reformas de canteiros, bancos e luminárias?, desabafou um entrevistado. Mesmo com as dificuldades, o local ainda é muito freqüentado pelos portovelhenses e os donos de barracas não o abandonam, pois dizem não ter outra fonte de renda para o sustento da família.
*Alerta
*Para os acadêmicos, ?os donos de barracas da Feira do Porto, e a sociedade de Porto Velho, têm que redescobrir o significado pelo qual ela existe e buscar uma forma de divulgar e chamar a atenção das autoridades, para conseguir mais apoio a esse evento que foi criado com propósitos positivos de ser um espaço cultural onde as pessoas desta cidade, que não tem muitas opções de lazer, pudessem usufruir deste serviço. É visível o abandono das autoridades competentes, principalmente no que se refere ao local das apresentações, que hoje é usado apenas por skaitistas. Ao nosso ver, é preciso que as pessoas em geral, e principalmente as autoridades responsáveis por aquele local, façam um exercício de enxergar além do valor prático das produções culturais? finalizaram.