Sedam recebe seringueiros

Da Redação

13 de Junho de 2007 às 17:52

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Foto: Divulgação

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*Representantes de entidades ligadas a classe seringueira de Rondônia foram recebidos na manhã de hoje (13/06) pelo secretário da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) Augustinho Pastore, com intuito de discutir a assinatura do Termo de Conduta para adequação dos planos de manejo das Reservas Extrativistas de Rondônia (Resex), que deveria ter sido assinado hoje, pela gerência do Ibama, em Porto Velho, fato que não ocorreu e deixou os seringueiros revoltados, por terem sidos barrados mais uma vez pela burocracia imposta pelo órgão ambiental, numa luta que já perdura há quase três anos. *Segundo os eles, dessa vez, o Ibama alega que precisa antes de assinar o documento, envia-lo primeiro a apreciação do Ministério Público Estadual, avaliação que já teria sido discutida, quando na última quarta-feira, estiveram reunidos os membros do grupo técnico formado por representantes da Sedam, Ibama, WWF, MP/RO, Organização dos Seringueiros de Rondônia (ORS) e Associações de Moradores das Resex, para discutir a minuta do Termo de Ajuste de Conduta, onde ficou acertado que seria realizada nesta segunda-feira, a assinatura do documento para liberação das ATPF?s e determinado um prazo para adequação do Plano de Manejo à Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC). *O titular da Sedam, Augustinho Pastore disse que, falta boa vontade do Ibama para resolver a situação. ?Desde 2002, os seringueiros tentam sem sucesso a legalização e a autorização para trabalharem. Existem 21 reservas extrativistas em Rondônia, no entanto todas estão inutilizadas. Três delas, que estão tentando se adequar (Reserva Extrativista do Rio Preto Jacundá, Rio Cautário e Aquariquara), são as mesmas que estão enfrentando este problema junto ao Ibama?, explicou o secretário. Ele acrescentou que esta situação gera problemas ao Estado, porque incentiva a invasão dessas áreas. *Pastore disse ainda que enquanto o processo de regularização se prolonga, mais de duzentas famílias, moradores das três reservas citadas, estão passando sérias dificuldades financeira, tendo que partir para outras atividades, produção de farinha e pesca, para sobreviver. *?Muitos já abandonaram as reservas para não passarem fome. Se essa situação persistir as associações de moradores também terão que fechar as portas?, afirmou o presidente da Associação de Moradores da Reserva Rio Preto Jacundá, Antônio Teixeira dos Santos, que na ocasião estava ladeado pelos presidentes da Organização dos Seringueiros de Rondônia, Osvaldo Castro de Oliveira e Rosalvo Ramos, da Cooperativa dos Seringueiros de Rondônia e, do presidente da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Aquariquara. *Os seringueiros ameaçam que se a situação não for resolvida em regime de urgência, formarão uma comitiva e partirão rumo a Brasília ? DF, expor o problema que a categoria vem enfrentando dentro do estado.

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