*Um grande empreendimento industrial deve abrir as portas até o mês de setembro em Rolim de Moura, criando imediatamente 500 novos empregos para profissionais de diversas áreas. Trata-se da primeira unidade de abate, desossa e frigorificação de carne administrada na região Norte pelo Grupo Independência Alimentos, um dos cinco maiores exportadores de carne do país, fundado há 29 anos pelos irmãos Russo.
*As outras oito unidades do grupo espalham-se entre São Paulo (Cajamar, Itararé, Santana do Parnaíba, Presidente Venceslau), Mato Grosso (Anastácio, Campo Grande e Nova Andradina (MS), Goiás (Pires do Rio) e Minas Gerais (Janaúba), com atividades que incluem criação de suínos, curtume, charque e uma fábrica de fertilizantes para atender às fazendas do grupo.
*Com uma linha de produtos que chega a 2.000 itens, o Grupo Independência direciona mais de 70% de sua produção para o mercado externo: todas as unidades estão habilitadas à exportação de carne “in natura” a todos os países abertos para o Brasil (não somente para a chamada Lista Geral como também para a União Européia, Rússia, Israel, entre outros).
*A unidade de Nova Andradina está, também, habilitada para exportar carne in natura para os Estados Unidos, mercado ainda fechado para o produto “in natura” brasileiro.
*O vice-presidente do grupo, Miguel Graziano Russo, esteve em Rolim de Moura na última semana acompanhado de uma equipe técnica destacada pelo governador Ivo Cassol, para acompanhar o investidor paulista. Chefiada pelo assessor especial do gabinete, Luis Cláudio Pereira Alves, a equipe, que teve a participação de José Vidal Hilgert, presidente do Fundo Estadual de Combate à Febre Aftosa (Fefa) visitou as instalações do Frigorífico Atlas, que foi adquirido pelo Grupo Independência antes mesmo de ser inaugurado, e que deva abrir as portas em, no máximo, 60 dias.
*“Fizemos uma prospecção em todos os Estados brasileiros para identificar onde estariam as melhores oportunidades para a ampliação de negócios e Rondônia foi a nossa escolhida”, afirma Miguel Russo.
Duas circunstâncias foram essenciais na decisão: primeiro, a qualidade do trabalho de defesa sanitária feito no Estado, que garante, por exemplo, o status de zona livre de febre aftosa com vacinação e uma das melhores coberturas, em todo o Brasil, de epizootias como a brucelose; e segundo, o aperfeiçoamento da atividade de criação de gado, que elevou o padrão genético do rebanho bovino, estimado hoje em mais de 13 milhões de cabeças.
*“Nosso programa de qualidade premia o produtor que investir na qualificação de seu plantel, com um bônus pago sobre o valor da arroba adquirida”, explica Miguel Russo. A expectativa é de que a empresa comece a operar abatendo 500 bois por dia, e, até janeiro de 2007, esse número chegue a 1.000 cabeças/dia, estabilizando-se em 1 500 abates diários daqui a 12 meses.
*Segundo o secretário de Agricultura, pecuária e Desenvolvimento Social e econômico, Marco Antonio Petisco, o Grupo Independência irá encontrar as mesmas condições de trabalho de seus concorrentes já instalados no estado. “iremos analisar a possibilidade de efetivação de convênio para que a empresa venha a aderir ao Programa de Incentivo tributário, que concede até 85% de isenção do ICMS para estimular a geração de novos empregos”, afirma.
*Já o vice-presidente do grupo diz que a decisão já está tomada: “O Independência já está em Rondônia, é uma decisão corporativa definitiva e, agora, estamos finalizando os estudos para aquisição de equipamentos e o início do processo de contratação de pessoal, que vão se juntar aos nossos mais de 5 000 colaboradores diretos em todo o Brasil”, concluiu Russo.
*Fundado em 7 de setembro de 1977,o Grupo Independência é a primeira empresa do mundo, neste ramo, a obter certificação internacional de qualidade em sua gestão ambiental. Em 2004, o Sistema Integrado de Gestão Independência já era composto pelas normas de qualidade ISO 9001:2000, ISO 14001:2004, OHSAS 18001:1999 e SA 8000:2001 na Unidade de Nova Andradina (Frigorífico/Curtume/Fertilizantes).
*Monitoramento constante das ETEs (Estações de Tratamento de Efluentes), dos cursos d’água superficiais e subterrâneos, fiscalizado pelos órgãos ambientais em laboratório próprio, a transformação de resíduos sólidos orgânicos e lodos de ETEs em adubo orgânico e o sistema informatizado para acesso à legislação ambiental federal, estadual e municipal em vigor, que possibilita a identificação de impactos e consulta livre por todos os departamentos, são alguns dos destaques de sua gestão ambiental.