* “Em julho de 2004, a Polícia
Federal apreendeu no interior
do Amapá, na caçamba de uma caminhonete, 18 sacas de um
mineral granulado escuro muito mais pesado do que aparentava ser. O material, examinado depois nos laboratórios da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), era um composto de urânio e tório, minérios altamente radioativos que abundam em jazidas encravadas no extremo Norte brasileiro. Estava ali o fio da meada para a descoberta de uma das mais obscuras máfias em atuação no País, com braços internacionais e especializada na extração clandestina e na comercialização ilegal de urânio. Nas duas últimas semanas, ISTOÉ avançou nesse explosivo terreno. Conheceu a realidade das minas onde garimpeiros põem suas vidas em risco, expostos à radiação, e desvendou uma investigação que, até aqui, vinha sendo tratada como segredo de Estado. (...)”