O Tribunal de Contas da União (TCU) flagrou quatro médicos e um cirurgião-dentista fraudando a jornada de trabalho na Gerência Regional de Administração do Ministério da Fazenda em Rondônia (GRA-RO). Eles exerciam a função por apenas duas horas, quando deveriam trabalhar oito, conforme contrato. Das 160 horas que deveriam cumprir por mês, os médicos atuavam em apenas 40, mas recebendo a remuneração total.
*A fraude ficou constatada através de documentos e das assinaturas nas folhas de ponto. Todos os envolvidos confirmaram que, realmente, só davam expediente de duas horas por dia.
*Os acusados são Hiran da Silva Gallo, Luis Ronei Monteiro Medeiros, Maria de Lourdes Guedes e Paulo Sérgio Castro de Almeida. Este último é presidente da Junta Médica Seccional.
*O quinto envolvido no esquema é odontólogo Severino Bezerra Neto. Este, por lei, tem jornada diária de 6 horas, o que daria 120 ao mês, mas dava expediente de apenas 30 horas por mês, também recebendo como estivesse trabalhando normalmente.
*Salário de R$ 3 mil
*De acordo com o secretário de Controle Externo do TCU, Carlos Wellington Leite de Almeida, cada um dos envolvidos recebe pelo menos R$ 3 mil de salário.
“Hiran Gallo, ex-presidente do Conselho Regional de Medicina, Luis Ronei, Maria de Lourdes e Paulo Sérgio assinavam as folhas de ponto, mas não indicavam o horário de trabalho, de forma que pudessem preencher apenas no final do mês, da maneira que lhes fosse conveniente”, relatou Carlos Wellington, acrescentando que, dos cinco profissionais, o pior caso foi o de Severino Bezerra Neto, que, em pleno dia 14 do mês, já tinha preenchidos os horários integrais de trabalho até o dia 30, faltando, neste caso, as assinaturas dos interessados.
*O esquema vinha funcionando pelo menos há três anos mas nenhum centavo será devolvido, informou o TCU.