*Para homenagear o Dia da Educação e o que ela significa,
lembramos um dos maiores educadores deste país. Claro que falamos de Paulo Freire,
educador pernambucano, falecido em 2 de maio de 1997, conhecido internacionalmente por
seu método para alfabetização de adultos.
*Paulo Freira nasceu no Recife a 19 de setembro de 1921, um ano antes da explosão da
Semana de Arte Moderna, e três anos após o termino da Primeira Grande Guerra. Paulo foi
alfabetizado pela mãe, Edeltrudes Neves Freire, que o ensinou a escrever as primeiras
palavras com gravetos no quintal de casa.
Aos 10 anos, muda-se para a cidade de Jaboatão, onde passa sua adolescência e começa a se
interessar pelo estudo da língua portuguesa. Aos 22 anos ingressa na Faculdade de Direito
do Recife. Em 1947 é contratado como diretor do setor de educação e cultura do Sesi e,
pela primeira vez entra em contato com a educação de adultos.
*Em 1958 participa de um congresso de educação no Rio de Janeiro, em que apresenta um
trabalho cujos princípios vão nortear sua atividade como educador. Ele defende que a
alfabetização dos adultos não deve ser somente o aprendizado de letras, palavras e
frases, e sim fundamentada no dia-a-dia dos educandos. Para Paulo Freire, a alfabetização
deve levar o adulto a conhecer os problemas que enfrenta e o estimular a participar da
vida social e política do seu meio.
*Durante o governo do presidente João Goulart, Paulo Freire é convidado a coordenar o
Programa Nacional de Alfabetização, lançado em janeiro de 1964, a apenas dois meses do
Golpe Militar que mergulharia o Brasil no de seus períodos mais negros da história. Em
abril os militares ordenam o arquivamento do programa por achá-lo subversivo. Por isso,
Paulo Freire é obrigado a se exilar, vai para o Chile e depois para Suíça.
*Em 1969 lança seu livro mais conhecido intitulado PEDAGOGIA DO OPRIMIDO. O livro trata de
seu método de alfabetização. Dez anos depois com a anistia política, Paulo Freire volta
ao Brasil. Paulo Freire faleceu de infarto em 1989.
*Paulo Freire dizia que “o educador deve também ser educando, que deve aprender da
realidade e das pessoas com quem trabalha”. E ao mesmo criticava dizendo que “a tônica da
educação é preponderantemente esta – narrar, sempre narrar”.
*A educação a que Paulo Freire se refere é a que fala de um aprendizado não estático, pois
quanto mais próxima da realidade das pessoas, mais o educador terá seus objetivos
alcançados, ou seja, educar para transformar de fato e não apenas para manter seres
humanos a mercê dos padrões vigentes e que não saibam nem possam questionar, exigir,
manifestar opiniões, participar do meio onde vive e que possa contribuir com o que
aprendeu para o seu crescimento, da família e da sociedade como um todo.
*Paulo Freire nos deixou inúmeras lições. Lições simples e eficazes que se praticadas com
zelo e desenvoltura, podem ocasionar mudanças legítimas na educação e por conseqüência na
formação não apenas dos adultos, mas de forma ainda mais abrangente, de nossos jovens,
desde o ensino fundamental, passando pelo ensino médio, sua passagem pela vida acadêmica
da faculdade até que isso se reflita em sua vida profissional, fazendo de tudo que
aprendeu, uma forma de elevar a qualidade de vida de todos.
*Esta é a mensagem que as faculdades FIMCA – Faculdades Integradas Aparício Carvalho e
Metropolitana deixam para todos que buscam sua formação, independente do curso ou
entidade onde estuda. Temos certeza que o mais importante é buscar a educação que
transforme, que cause mudanças, não apenas individuais, mas coletivas. Temos esse poder
em nossas mãos e devemos usá-lo para transformar, interagir, desenvolver, aprender mais,
e porque não, educar.