*O empresário não quer favor do Poder Público. Quer reconhecimento pelo que gera em termos de oportunidades de trabalho e geração de riqueza que, em seguida, se transforma em benefício social. A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias de Rondônia, Fiero, Eusébio Guareschi, destacando que “o setor produtivo é o grande vetor do desenvolvimento e da construção da sociedade”.
*Ao encerrar, na noite de sexta-feira, 31, a Reunião Ordinária da Fiero, o presidente da Federação defendeu o diálogo entre todos os segmentos responsáveis do Estado, citando como exemplo a maneira aberta como representantes do Ibama e da Sedam participaram, com a Câmara Setorial da Madeira e dirigentes de sindicatos ligados a esse setor produtivo, de um encontro na manhã da sexta-feira.
*“O setor madeireiro tem enorme importância para Rondônia, tanto na pauta de exportações quanto na estabilidade social em razão da geração de 30 mil empregos o que, pela seqüência lógica, seus resultados beneficiam o comércio, a indústria e o próprio Governo”, acrescentou.
*Defendendo o fim da guerra fiscal, Eusébio Guareschi foi além, cobrando do Governo Federal uma política de valorização do empresariado brasileiro, citando como exemplo a questão do setor calçadista, com base maior no Rio Grande do Sul, que está sob forte ameaça em razão da importação de calçados fabricados na China onde, disse o líder do setor industrial rondoniense, os impostos são tributados em até 9%, enquanto no Brasil o mesmo segmento paga 37%.
*Para o presidente da Fiero é importante que as lideranças políticas e empresarias rondonienses fiquem atentas para situações como a do setor calçadista, lembrando que por ter um grande rebanho bovino Rondônia pode também sofrer reflexos da situação hoje vivida nos Estados produtores de sapatos com base no couro do boi.