*O aumento da incidência do Achatina Fulica, nome científico do Caramujo Africano, está preocupando a população e as autoridades de Vilhena. O molusco tem sido encontrado cada vez em maior número em quintais e em terrenos baldios. De acordo com Luciene Alves, do núcleo de Educação e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena, disse que o combate ao molusco deve começar em breve, pois é necessário a junção de vários órgãos para que possa ser feito, entre eles o Ibama. “Trata-se de uma espécie que não é nativa do Brasil e por isso há a necessidade de um biólogo acompanhar o trabalho de combate”, disse.
*Órgãos como o Ibama, Sedam, Vigilância Sanitária e a secretaria municipal de Saúde estão se reunindo para elaborar um plano de combate ao molusco. A necessidade de uma ação conjunta se deve principalmente à características do caramujo. Ele não é uma espécie endêmica, ou seja, não faz parte do local. Foi trazido da África como opção ao scargot e deixado na natureza. Como não possui predadores naturais no Brasil acabou se reproduzindo em larga escala. “O receio é que junto com o Caramujo Africano possa ser destruído também uma espécie nativa, e com isso causar outro desequilíbrio”, disse Luciene Alves.
*O Achatina Fulica é perigoso para a saúde humana por ser hospedeiro de um verme que pode penetrar no corpo com o simples contato com a pele. Esse verme se aloja no intestino e pode causar perfuração, levando à morte. A orientação da Divisão de Epidemiologia é para que os moradores não tenham contato com o molusco e se tiverem não matem por conta própria. Márcio Pedroso do Amorim, diretor da Epidemiologia explica que o ideal é usar luvas de borracha para recolhe-lo, colocar em dois sacos plásticos e entrar em contatos com agentes de saúde, pelo telefone 3321-4667. “Nós vamos até o local para pegar os caramujos e em seguida destruí-lo em um local adequado”, explicou.
*A expectativa é de que até o próximo mês ações mais efetivas já possam ser tomadas com relação ao caramujo. Até lá outra orientação importante é para que os moradores mantenham seus quintais limpos e lembrem os vizinhos, mesmo os donos de terrenos baldios, para que façam o mesmo.