Torpedos de celular facilitam ajuda a vítimas do tsunami
Foto: Divulgação
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*Os torpedos podem ser enviados e recebidos mesmo quando o sinal do telefone celular é fraco demais para uma conversa.
*Alguns especialistas estudam agora como a tecnologia dessas mensagens pode ser melhor aproveitada em situações de emergência.
*Sanjaya Senanayake trabalha para a TV do Sri Lanka. No mundo dos blogueiros, porém, ele é mais conhecido como Morquendi.
*Ele foi um dos primeiros a chegar ao local quando as águas tomaram conta de boa parte da costa do país. Os sinais dos telefones celulares eram muito fracos e as linhas de telefone fixo não funcionavam direito.
*Senanayake começou então a enviar mensagens em que não apenas relatava as últimas notícias. Ele fazia uma avaliação sobre "quem precisa o quê e onde".
BLOG *Amigos blogueiros dele na Índia receberam os torpedos e os publicaram na internet, num blog chamado Chiens sans Frontiers (Cães sem Fronteiras).
*Milhares de pessoas em todo o mundo acompanharam a história narrada nas mensagens que ele enviou do Sri Lanka.
*E foi assim que Senanayake começou a pensar se os torpedos não poderiam ser usados para coisas mais práticas.
*"As redes de mensagens de textos comportam muito mais tráfego que as de ligações de celular normais ou de chamadas de linhas fixas", afirma ele.
*"Em toda comunidade rural há pelo menos uma pessoa que tem acesso a um celular, ou que possui um celular, e que pode receber mensagens."
*Do outro lado do mundo, em Trinidad e Tobago, no Caribe, Taran Rampersad leu as mensagens de Morquendi.
*Rampersad, que servia no Exército, sabe da importância das comunicações nos locais afetados em épocas de desastre.
*Ele passou a pensar se não haveria uma forma de centralizar automaticamente todas as mensagens de texto e redistribuí-las a agências e pessoas com capacidade de ajudar.
*"Imagine se um funcionário da ajuda humanitária verificasse a necessidade de pílulas para a purificação da água e tivesse uma central para onde pudesse mandar uma mensagem sobre isso", disse Rampersad.
*"O servidor poderia mandar um email a partir de sua mensagem a moderadores humanos ou máquinas que alertariam as agências responsáveis para entregar o que é necessário no local afetado."
*E ele acrescentou: "O servidor poderia também mandar a mensagem a outras pessoas com celulares na mesma região, que poderiam ter pílulas sobressalentes para ajudar ou redirecionar a distribuição". *Rampersad e outros têm pensado nesta idéia desde a passagem do furacão Ivan, causando grandes estragos no Caribe e no sul dos Estados Unidos em setembro.
*Na semana passada, ele enviou emails pedindo ajuda para criar um sistema como este na Ásia.
*Em apenas 72 horas, ele encontrou Dan Lane, um especialista em torpedos de celular que vive na Grã-Bretanha.
NOVO SISTEMA *A dupla, auxiliada por especialistas em tecnologia, estão desenvolvendo o que batizaram de Alert Retrieval Cache (um local de armazenamento e distribuição de alertas).
*Eles pretendem trabalhar com software de código aberto, sem restrições comerciais de uso.
*O projeto ainda está em seus passos iniciais. Por enquanto, o sistema é capaz apenas de receber uma mensagem de texto e publicá-la automaticamente numa página da internet, ou distribuí-la a uma lista de emails.
*No futuro próximo, o grupo espera que as mensagens enviadas por pessoas em zonas afetadas sejam recebidas por moderadores, que adotariam medidas de acordo com o conteúdo dos torpedos.
*A grande dificuldade que a dupla espera enfrentar, porém, é informar os usuários de telefone celular dessas localidades da existência do serviço e como ele pode beneficiar as populações locais.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!