Propulsionado pela pandemia, o restaurante ‘Füde’ cobra mais de R$ 400 pela chance de jantar pelado e promete experiência gastronômica única. Localizado no Lower East Side, bairro nobre da cidade de Nova Iorque (NY/EUA), o cardápio é inteiramente composto de pratos veganos, não oferece bebidas alcoólicas, e já tem até fila para entrar na lista de espera por um espaço na mesa.
De grafia esquisita e com pronúncia confusa (foodi), o projeto é idealizado pela artista americana Charlie Max. A organizadora garante que o ambiente é “um espaço libertador que permite nos conectar com versões mais puras de si mesmo”. O experimento começou pelo Instagram, onde a fundadora postava fotos seminua acompanhadas de legendas com receitas.
“O nudismo é libertador! Faz com que estejamos mais conectados com nossos corpos.” afirmou a artista. Ela já acumula quase 10 mil seguidores, e com propostas temáticas, atrai clientes do mundo todo.
“A nudez permite-nos desvencilhar de conceitos impostos pelo patriarcado.” declara a modelo peruana Stephanie Uribe, que foi motivada a conhecer o restaurante depois de uma ‘jornada espiritual’ na Nicarágua.
“Renascença/Renascer” foi o tema de um dos eventos e contou com a presença da especialista em história da arte Cosi Odyssey. Em meio a saladas de ervas com nozes caramelizadas, curry de couve-flor e pudim de chia com cardamomo, a historiadora discutiu com os fregueses do restaurante sobre pinturas renascentistas como “O Nascimento de Vênus” de Botticelli e “Nua Sentada” de Modigliani.
O público frequentador é na sua maioria feminino, mas homens também são bem-vindos. Pessoas que desejam fazer parte da experiência devem se registrar em uma lista de espera no site com antecedência, e as vagas são limitadas.