Foto: Jogadores do Galo comemoram o título do campeonato Brasileiro – Foto: Pedro Souza / Atlético
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O Atlético-MG bateu na trave no Campeonato Brasileiro algumas vezes desde que conquistou a primeira edição da versão mais moderna da competição nacional, em 1971. Depois de 50 anos, esse incômodo jejum do Galo terminou.
Por anos o Campeonato de 1971 foi considerado o primeiro Brasileirão, antes da Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa terem sido reconhecidos como campeonatos brasileiros. E com Telê Santana como técnico e Dadá Maravilha no comando do ataque, esse Brasileirão esteve em excelentes mãos. Com Cuca e Hulk em 2021, a taça também estará nas mãos de quem mereceu vencer.
Antes do ano começar o Atlético-MG era um dos favoritos para a conquista nacional, sendo considerado pelas casas de apostas um dos elencos mais fortes junto com o Flamengo e Palmeiras. Veja na página algumas das casas de apostas em operação no Brasil e seus bônus de boas-vindas.
Acreditava-se que Galo lideraria o campeonato do início ao fim, entretanto a liderança veio apenas no final do primeiro turno, para não deixar mais. A virada contra o Juventude foi um prenúncio: o time viraria mais cinco jogos, inclusive o desta quinta-feira, em jogo adiado da 32ª rodada. A equipe estava perdendo por 2 a 0 do Bahia na Fonte Nova, resultado que estava tirando o Tricolor de Salvador a sair da zona de rebaixamento.
Em cinco minutos o estádio se calou. Eduardo Sasha entrou e sofreu pênalti logo depois. Hulk marcou seu 18° gol no campeonato, deixando 0 dúvidas sobre quem foi o melhor jogador da competição. Keno, que conseguiu dar a volta por cima depois de um período ruim, fez dois lindos gols. Três vezes a rede balançou em cinco minutos para virar o placar e dar o título para o Galo.
Com 75% de aproveitamento dos pontos, apenas o Flamengo de 2019 foi mais dominante na era dos pontos corridos. A conquista é inegável.
Cuca já tinha sido o comandante da maior conquista da história do clube, a inacreditável Libertadores de 2013. Ele também tinha 3 campeonatos mineiros pelo Galo. Com o Brasileiro, depois de 50 anos e muitos vices, qualquer dúvida que existia foi jogada fora.
Depois de perder a final da Libertadores com o Santos e uma passagem ruim pelo São Paulo, Cuca deu a volta por cima mais uma vez. Campeão brasileiro em 2016 com o Palmeiras, ele saiu logo após a conquista, voltou pouco tempo depois e durou pouco. A carreira do técnico nunca foi fácil, mas Alexi Stival, verdadeiro nome do técnico, mais uma vez soube tirar o melhor de diversos jogadores e criar um ambiente de superação, superstição e jogo oportunista.
Cuca chegou sob desconfiança, já que saiu do Galo após a dura derrota no Mundial de 2013 para o Raja Casablanca, na semifinal do torneio. Parte da torcida se opôs à contratação, lembrando também de seu caso de polícia quando ainda era jogador do Grêmio. Sua passagem começou difícil, até com reclamações de Hulk.
Mas a conquista do Mineiro deu um tempo para o técnico e eliminar Boca Juniors e River Plate de forma seguida nas oitavas e quartas de final da Libertadores elevou o nível da equipe. A liderança no Brasileirão e o avanço na Copa do Brasil, onde ainda jogará a final neste mês de dezembro de 2021 fez Cuca mais uma vez ser idolatrado no Mineirão.
O Cuca que era visto como um treinador temperamental, sofredor e que não vencia virou completamente a chave. Nos últimos 10 anos venceu a América, duas vezes o Brasileirão e tem boas passagens por todos os principais mercados do futebol brasileiro. Se pedir a seleção brasileira para o atual campeão brasileiro é um pouco demais, é inegável que apenas Tite venceu mais no Brasil na última década.
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