CORPORATIVISMO
Na semana passada, o deputado federal Luís Antônio de Souza Teixeira, Dr. Luizinho (Progressistas/RJ ), fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados condenando o Projeto de Lei que permite o chamamento de médicos do exterior. Fez um discurso hipócrita e demagogo nem ligando para a tragédia que assola o Brasil de Norte e a Sul.
GREVE
O tal Dr. Luizinho foi mais longe. Convocou a classe médica para uma Greve Geral se a proposta fosse aprovada. Disse que a população aí sim iria conhecer de verdade a força dos médicos brasileiros.
PAROU
Pois bem, o jalofo outorgado pelo voto popular ganhou a primeira batalha. O projeto foi tirado de pauta ainda na semana passada, essa semana termina hoje e agora só na semana que vem para que a Câmara volte à tratar do tema. Enquanto isso, mais pessoas ficam desassistidas e mais corpos são empilhados nos cemitérios.
MOVIMENTO
A deputada Jaqueline Cassol me disse ontem que vários parlamentares estão correndo atrás para aprovar a urgência desse Projeto de Lei. Se isso ocorrer, na melhor das hipóteses, a proposta já poderia entrar em vigor ainda este mês.
INICIATIVA
Diante da situação morosa em Brasília, a Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), apresentou proposta para contratação de profissionais formados no exterior. A medida foi publicada no site da ALE no dia 01 de abril.
PROVA
O assunto foi discutido também com o Governo e Justiça. O ponto mais controverso é a dispensa da prova do revalida. Diante da urgência que a demanda exige, a proposta apenas prevê a exigência do diploma.
PROVA 2
O Revalida é um exame nacional realizado para validar diplomas médicos expedidos por universidades de fora do Brasil. É uma prova realizada anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e aplicada em 37 universidades públicas.
COMPROMISSO
Por telefone, o Chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, disse aos deputados que o Governador já determinou ao Procurador Geral do Estado acionar à Justiça e conseguir liberação para contratar os profissionais.
ESTUDO
A proposta está sendo analisada para que seja definido um dispositivo legal que possa permitir a contratação dos profissionais. Ainda hoje, acontece nova reunião para tratar o assunto.
REPULSA
Tão logo o assunto foi divulgado, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) encaminhou carta de repúdio ao deputado estadual Dr. Neidson de Barros Soares, que é médico formado na Bolívia.
GARANTIAS
O Cremero argumenta que o deputado é sabedor da importância desta prova para garantir a segurança ao atendimento médico no Brasil, pois a mesma demonstraria competência técnica do médico para o exercício profissional.
ARGUMENTOS
O Conselho afirma que não é contra a formação dos profissionais no exterior, o que o Cremero necessita é assegurar e verificar se esta formação tem compatibilidade com a assistência no Brasil.
PROFISSIONAIS
Na carta, o Cremero informa que desde o início da pandemia até março deste ano, 243 médicos, incluindo 19 revalidados, foram registrados para o mercado de trabalho. Deste total, 64 deixaram o Estado por motivos de melhores condições de trabalho e remuneração, e possibilidade de especialização em grandes centros do país.
DESMOTIVADOS
O Conselho enfatiza ainda que o problema não é a quantidade de profissionais, por que as faculdades formam anualmente centenas de médicos. A questão seria boas propostas e melhores condições de trabalho.
EQUÍVOCO
Ao contrário das informações divulgadas pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia ( Cremero) , o deputado e médico, Dr. Neidson (PMN), disse que em nenhum momento declarou ser "favorável ao não revalida", com publicou o Cremero.
AFIRMAÇÃO
Dr. Neidson falou que ninguém na ALE é contra o Revalida. Os deputados são contra o número de mortes que vem ocorrendo no país, principalmente aqui em Rondônia, por falta de médicos nas unidades de saúde e nos municípios, de forma geral.
JUSTIÇA
O deputado diz que na verdade movimento mais amplo vem sendo preparado por prefeitos que estariam se reunindo para mover uma ação judicial visando a possibilidade da contratação de médicos no exterior.
JUSTIÇA 2
Eles seriam representados pela Associação Rondoniense de Municípios (AROM), e seria uma contratação temporária para a atenção básica, não em hospitais, suprindo assim, as demandas do estado, principalmente, das pequenas cidades.
INTERIOR
Dr. Neidson afirmou que os municípios estão desassistidos porque os médicos não querem ir para o interior do estado. Principalmente para os distritos, onde o deslocamento é precário e também obriga os profissionais a passar vários dias nas localidades.
PRESENÇA
Neidson argumenta que o Cremero, que se diz tão representante e defensor da classe e suas reivindicações, deveria comparecer, pelo menos, um dia, na Assembleia. “ Eles não se apresentam nem nas reuniões da Comissão de Saúde, raramente comparecem na Assembleia e agora, quando a questão é focar na pandemia, desvirtuam o conteúdo da reunião que foi realizada, estritamente, para tratar do assunto. Eles deveriam ser mais atuantes e tentar ajudar o estado de Rondônia", declarou o parlamentar.