Krenak falou da pluralidade indígena que ele representa ao tomar posse na instituição
Foto: Veja
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Com mais de 15 livros publicados, o líder indígena, escritor e ambientalista Ailton Krenak chega a Academia Brasileira de Letras – um marco para os povos originários. Desde esta sexta-feira (5), quando ocorreu a sua posse, ele ocupa a Cadeira 5, que pertencia ao historiador José Murilo de Carvalho, morto em agosto de 2023.
Krenak falou da pluralidade indígena que ele representa ao tomar posse na instituição.
“Desde que me convidaram ou me animaram para ocupar essa cadeira número cinco, eu me perguntava: ‘Será que nessa cadeira cabem 300?’. Como dizia Mario de Andrade, eu sou 300. Olha que pretensão. Eu não sou mais do que um, mas eu posso invocar mais do que 300. Nesse caso, 305 povos, que nos últimos trinta anos do nosso país, passaram a ter a disposição de dizer: ‘Estou aqui’. Sou guarani, sou xavante, sou caiapó, sou yanomami, sou terena”, disse Krenak.
Krenak nasceu em Itabirinha, Minas Gerais, em 1953, na região do vale do Rio Doce. Aos 17 anos, mudou-se com a família para o Paraná, onde foi alfabetizado aos 18 anos. Trabalhou como produtor gráfico e jornalista.
Na década de 1980, Ailton Krenak fundou a União das Nações Indígenas (UNI), com o objetivo de unificar as reivindicações indígenas.
Por conta de sua participação na Assembleia Nacional Constituinte, a Constituição de 1988 conta com um capítulo sobre direitos indígenas, o que possibilita que ações que ferem esses direitos sejam questionadas e julgadas.
Livros
Tem mais de 15 livros publicados, dentre os quais: A Vida Não É Útil (2020), Futuro Ancestral (2022) e Ideias para Adiar o Fim do Mundo (2019). Alguns deles chegaram em mais de treze países. Conquistou o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, da União Brasileira dos Escritores (UBE), em 2020. Atualmente, vive na Reserva Indígena Krenak, no município de Resplendor, em Minas Gerais.
Com informações da Veja e Cartas Indígenas
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