Busto da primeira mulher a compor a Academia Brasileira de Cientistas integra acervo do Memorial Rondon

 Busto da primeira mulher a compor a Academia Brasileira de Cientistas integra acervo do Memorial Rondon

Foto: Divulgação

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Admirada por cientistas em todo o mundo, Henriette Mathilde Maria Elizabeth Emilie Snethlage, foi uma cientista pioneira no estado de Rondônia, responsável por pesquisar e catalogar aves no Vale do rio Madeira, e uma das principais referências em estudos da temática no Brasil. Popularmente chamada por moradores da região de ‘Doutora Senhorinha’, em razão da dificuldade da pronúncia do seu nome, a cientista possui um busto em sua homenagem, exposto no Memorial Rondon, em Porto Velho.

 

Primeira mulher membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e uma das primeiras mulheres cientistas a atuar no país, a ornitóloga alemã Emilie Snethlage liderou diversas expedições científicas pela Amazônia.

 

De acordo com o autor de obras que relatam a história de Rondônia, escritor Júlio Olivar, a cientista era admirada por sua coragem, determinação e espírito aventureiro. “Uma mulher muito além do seu tempo, protagonista na ciência das aves. ‘Doutora Senhorinha’ transitou por caminhos onde nenhum homem tinha percorrido até então”, ressaltou.

 

Para o responsável pelo Memorial Rondon, Antero Ribeiro, a cientista é uma importante personagem que compôs a história do Estado e merece todo o reconhecimento por seu pioneirismo e contribuições científicas, que até hoje são utilizadas.

 

Seus trabalhos foram de relevância para a Zoologia e base aos estudos sobre biogeografia no Brasil, através de inventários pioneiros, descoberta de espécies e subespécies de aves novas no país, além de um inventário com milhares de espécies de pássaros publicado em seu livro “Catálogo de Aves Amazônicas”. Emilie Snethlage faleceu de infarto em novembro de 1929, aos 61 anos, durante sua expedição pelo rio Madeira, no hotel onde morava na Capital rondoniense, cidade pela qual se apaixonou, por sua beleza e receptividade, conforme descrito em cartas que escrevia ao seu sobrinho.

 

Ao visitar pela primeira vez o Memorial Rondon, na manhã de domingo, a técnica em enfermagem Hozeane Martinez, ficou entusiasmada diante de tantos acervos e aumentou a curiosidade ao ficar de frente para o busto da ‘Doutora Senhorinha’. “Na primeira vista acreditei que fazia parte da expedição Rondon, mas fui orientada que se tratava do busto de uma pesquisadora de renome internacional, ou seja, teve um papel importante na história e seu legado influencia novas gerações. É uma homenagem merecida e que retrata um pouco da trajetória da primeira mulher a fazer parte da Academia Brasileira de Ciências”, disse a profissional da área da saúde.

 

Fonte: Governo de RO
 

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