A produção 2021 após uma série de adiamentos e um imbróglio envolvendo a Ancine supostamente causado pelo forte teor político da trama, que biografa o guerrilheiro comunista Carlos Marighella, morto pela ditadura militar.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
"Marighella", o filme de estreia de Wagner Moura na direção, foi o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado na noite da quarta (10). A história do guerrilheiro de esquerda ganhou oito das 17 estatuetas a que concorria, incluindo a de melhor longa-metragem de ficção. "Marighella" ganhou também os prêmios de primeira direção de longa-metragem; ator (seu Jorge, como Marighella); figurino (Verônica Julian); direção de arte (Frederico Pinto); som (George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond LIma e Renan Deodato); direção de fotografia (Adrian Teijido) e roteiro adaptado (Felipe Braga e Wagner Moura).
O diretor subiu ao palco ao lado do filho, Bem Moura, 16, para receber a estatueta de melhor diretor estreante. Bem pediu para falar e disse que gostaria que todos soubessem o quanto o pai trabalhou para fazer o filme.
A produção de R$ 10 milhões estreou em novembro de 2021 nos cinemas brasileiros após uma série de adiamentos e um imbróglio envolvendo a Ancine supostamente causado pelo forte teor político da trama, que biografa o guerrilheiro comunista Carlos Marighella, morto pela ditadura militar.
"Eu quero dedicar esse prêmio à equipe, aos atores, aos produtores e a todo mundo que acreditou no filme", disse Moura. "Não escolhi um filme fácil para ser o meu primeiro", afirmou.
Ao receber o prêmio de melhor filme de ficção, o diretor disse que, se pudesse, trabalharia sempre com a mesma equipe e elenco de "Marighella".
"Fazer ‘Marighella’ não foi só fazer um filme", disse. "Teve tudo. Foi filmado em 2017 e lançado no ano passado", lembrou. A produtora Andrea Barata Ribeiro contou que até ameaça de invasão do set a equipe enfrentou para contar a saga do guerrilheiro.
O tom político da noite não estava apenas na produção vencedora de oito prêmios. Camila Pitanga cantarolou "A gente quer o Lula de novo", no ritmo do verso "ano passado eu morri, mas este ano eu não morro", hit de Belchior que acabara de ser intepretado por Silvero Pereira.
O público ligado ao cinema que lotava a Cidade das Artes começou então a entoar o "grito de guerra" pró-Lula. "De pé, né, gente", pediu Pitanga. A atriz foi atendida.
Outros prêmios
Melhor longa-metragem comédia: "Depois a louca sou eu"
Melhor longa-metragem documentário: "A Última Floresta"
Melhor longa-metragem infantil: "Turma da Mônica - Lições"
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!