BEIRA: Organização divulga lista de curtas selecionados para a Mostra Filmes Rondonienses

Única mostra competitiva do Beira Festival de Cinema de Porto Velho vai premiar o melhor filme rondoniense escolhido em votação popular

BEIRA: Organização divulga lista de curtas selecionados para a Mostra Filmes Rondonienses

Foto: Divulgação

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A lista dos oito curtas selecionados para exibição na Mostra “Filmes Rondonienses”, única mostra competitiva da 1ª edição do Beira Festival de Cinema de Porto Velho, foi divulgada nesta segunda-feira, 09. Entre os escolhidos, há filmes produzidos na capital, Porto Velho, e também obras que representam realizadores de outras regiões do Estado, como Ariquemes, Cacoal e Ji-Paraná.

 

Durante o festival, que será realizado de forma gratuita e online entre os dias 18 e 23 de maio, o público também poderá votar e escolher o melhor curta da Mostra Filmes Rondonienses que receberá um prêmio no valor de R$ 1 mil.

 

 

A análise e escolha dos oito selecionados entre os 23 filmes inscritos nesta edição ficou a cargo dos professores-pesquisadores dos Cinemas Amazônicos Juliano Araújo e Lúcia Monteiro, que foram os curadores da mostra “Filmes Rondonienses''.

 

Para Juliano Araújo, o perfil dos filmes inscritos aponta a necessidade de um olhar mais atento e de ações mais consistentes e sistematizadas por parte dos gestores públicos para a cultura brasileira, em especial a produzida no Norte, região distante dos grandes centros urbanos do país.

 

"É importante destacar que há, entre os selecionados, filmes de realizadoras e realizadores independentes, como também alguns contemplados pela Lei Aldir Blanc, aspecto que reforça a importância e a necessidade de políticas públicas para o audiovisual no Brasil, e, em especial, na Amazônia e no estado de Rondônia que sejam, de fato, perenes”, destacou Juliano Araújo que é doutor em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com estágio de doutorado na Universidade de Paris-10 (França) e professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

 

 

Para a curadora Lúcia Monteiro, que é doutora pela Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Universidade de São Paulo,professora-adjunta no Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense e integrante do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Vídeo da mesma instituição, a inscrição de obras de realizadores de diferentes regiões do Estado é motivo de celebração.

 

“Há que se comemorar, ainda, a existência de filmes não apenas da capital, Porto Velho, mas também de cidades do interior de Rondônia, como Ariquemes, Cacoal e Ji-Paraná, um aspecto que revela a potencialidade do cinema para nos trazer histórias as mais diversas e plurais possíveis. Por fim, registra-se a força de todo o conjunto de filmes inscritos, que em sua diversidade revelam as múltiplas possibilidades do audiovisual rondoniense, que conhece uma franca e rica expansão”, enfatizou. Lúcia Monteiro.

 

Mostra Filmes Rondonienses: Conheça os curtas selecionados:

 

A Lenda da Sapatona da Facona. (direção: Allyne Pinheiro): aposta na potência do quadro fixo e da narração para trazer à tona um violento episódio de homofobia.

 

Arte para quê?(direção: Ariana Boaventura e Joeser Alvarez): coloca em imagens e palavras a busca de sentido para a arte e a realização audiovisual neste tempo-espaço compartilhado.

 

Bainha, eu sou da 07 de setembro (direção: Maria Luzia e George Fonseca): homenageia Bainha, um dos carnavalescos mais ativos e aclamados da cultura popular portovelhense.

 

Banho de cavalo (direção: Francis Madson e Michele Saraiva): explora a plasticidade do corpo humano e da natureza e ao mesmo tempo problematiza a degradação ambiental e a expansão da monocultura.

 

Difuso - Experimento sobre ser e estar (direção: Jackson Fatel): lança um olhar afetivo para a carismática Maria Antônia Soares, avó do realizador cujo sonho era ser cantora.

 

Devoção e Folia de Reis (direção: Carlos Reis):Ao acompanhar a primeira saída do grupo dos foliões da Companhia de Santos Reis, de Ji-Paraná, depois de um longo período de resguardado, durante a pandemia, o realizador investiga a tradição da folia de reis na região.

 

Do maravilhoso amazônico: o cabeça de cuia e a mãe da seringueira (direção: Eva da Silva Alves e Renato Fernandes Caetano): traz as narrativas de uma mulher seringueira e, com isso, apresenta elementos da cosmovisão amazônica.

 

Entre Terra e Asfalto(direção: Kaline Leigue): consegue capturar os silêncios que entrelaçam a melancolia e a afetividade que caracterizam a relação dos personagens com os espaços de Ariquemes.

 

O Beira Festival de Cinema de Porto Velho exibirá os 46 filmes que integram as seis mostras temáticas desta edição entre os dias 18 e 23 de maio, de forma gratuita e online pelo sitewww.beirafestivaldecinema.com.

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