A estrutura do bar não comportava mais tanta gente e os clientes começaram a colocar mesas e cadeiras na calçada e na entrada da garagem da funerária. Por diversas vezes falamos com o dono do bar para resolver a situação, mas nada foi feito.
Foto: Divulgação
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“Estão tentando encobrir o que de fato ocorreu e nos colocando perante a população como pessoas perversas, que querem acabar com o samba, com a cultura”, afirmação é da Delsi Becker de Sousa, proprietária da funerária que fica em frente ao Bar do Calixto e que no último sábado,02/4, foi surpreendido com uma ação policial por supostamente infringir as normas em relação à poluição sonora em área residencial/comercial. O ato foi resultdo de denúncia.
Abalada diante da repercussão negativa do caso, ela declarou que em nenhum momento as pessoas que defendem o Bar do Calixto informaram a população “que nós (eu e meu esposo), por diversas vezes fomos conversar com o proprietário para pedir que tivesse um pouco de empatia pelos nossos clientes devido ao momento difícil pelo qual passam diante da perda de um ente querido”.
Mesas na calçada - funerária
De acordo com ela, nunca foi solicitado ao proprietário que acabasse com a roda de samba. “Sempre pedimos para que tivesse mais organização no seu estabelecimento e mais controle sobre os clientes que frequentam o bar, pois a situação estava a cada dia mais insustentável”, disse.
Isto porque, segundo ela, o movimento no local ficou tão grande que o ambiente não comportava mais tanta gente. Dessa forma, os clientes começaram a colocar mesas e cadeiras na calçada e na entrada da garagem da funerária, onde ficavam bebendo e fazendo algazarra.
“Eles chegavam a colocar lata de cerveja e copo em cima dos carros da empresa. Pedíamos para eles respeitarem, mas era mesmo que nada. Quando iam embora deixavam a sujeira na nossa calçada, especialmente bitucas de cigarro, isso sem falar da fedentina de mijo na frente da empresa”, destacou, acrescentando ainda que muitas vezes os funcionários precisavam pedir licença para conseguirem entrar na funerária.
IPTU
A proprietária relatou ainda que chegaram a divulgar nas redes sociais que o prédio em que a funerária ocupa está indo a leilão por falta de pagamento do IPTU. “Essa questão não nos diz respeito – pagamos o aluguel, a situação do IPTU é com o dono do prédio”.
Ainda de acordo com ela, estão alegando que o Bar do Calixto já existia antes da funerária. Esta se instalou em frente ao bar há seis anos. “Nós somos cidadão como qualquer outro, pagamos impostos, trabalhamos dentro da legalidade, portanto, também temos nos direitos”.
Se colocasse caixão na calçada do bar?
“Por fim, volto a repetir, não queremos e nem pedimos que encerre a roda de samba. Eles podem continuar, desde que respeitem o espaço da funerária, que tenham empatia pelo outro. Se nós colocássemos caixões na calçada do bar, atrapalhando o trabalho deles e dos clientes, com certeza não iriam gostar e teriam tomado uma providência, porque, então, temos que ficar calados”?
Polícia
Ela desmentiu também que a policia tenha usado de truculência para controlar o movimento. “Eles foram super educados na abordagem”, disse.
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