A interdição ocorreu no final de agosto de 2018 e não há previsão para reativação; escolas de ballet terão que apresentar espetáculos de final de ano em outro espaço
Foto: Divulgação
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Em virtude de o Teatro Estadual Palácio das Artes continuar interditado, as escolas de ballet de Porto Velho, uma média de 12, não poderão utilizar a casa de espetáculos para a realização dos seus respectivos festivais de dança de final de ano, a exemplo do que ocorreu ano passado. A informação é do superintendente de Esporte, Cultura e Lazer (Sejucel), Jobson Bandeira.
A interdição ocorreu no final de agosto de 2018, após parte das varas cênicas (Varas de cenário e varas de luz) se desprenderem do sistema de freio, no momento em que um produtor preparava o cenário para um show no dia seguinte. O urdimento são as traves cruzadas no teto do teatro para fixação dos cenários suspensos e iluminação, assim como as cortinas. Todos esses equipamentos fazem parte da caixa cênica. Vale ressaltar que não houve danos estruturais a edificação apenas com parte dos equipamentos que fazem parte da caixa cênica.
Devido ao acidente, o Corpo de Bombeiros interditou o teatro e, por medida de segurança, foram desmontadas as varas de luz e cenário, que tiveram problemas e todo o sistema de maquinaria foi travado para que mesmos não se desprendesse e provocasse acidente. Sem as varas, não tem iluminação, cenário e cortinas. Sendo assim, a caixa cênica ficou vazia e continua dessa forma até o momento.
Supel - diretor
Após esse episódio, já é o terceiro diretor que assume a administraçao da casa de espetáculos - dois deles no atual governo, sem que o problema seja solucionado. O supertintende da Sejucel esclareceu que o processo para a contratação dos profissionais especializados para a execuçao do serviço se encontra na Superintendência Estadual de Compras e Licitação (Supel), mas não informou quando o trabalho será realizado.
Quadras - ginásios
Da mesma forma que ocorreu em 2018, as escolas de dança terão como alternativa voltar aos velhos tempos em que os ballets eram apresentados em quadras esportivas, tirando toda a beleza, encanto e magia das apresentações e do cenário, além do total desconforto para quem assiste, pois é preciso sentar-se em arquibancadas.
A alternativa para as escolas de ballets seria o Teatro Guaporé, anexo ao Palácio das Artes, porém o palco é pequeno, não tem camarim e comporta apenas 235 pessoas, ou seja, a estrutura não comporta um festival de fim de ano, pois não comporta nem 15 bailarinas dançando, mesmo que as coreografias sejam simples.
Tem ainda oTeatro Um do Sesc (220 lugares) e com o Teatro Banzeiros, do Município (230 lugares). Mas, a exemplo do Guaporé, não têm estrutra para um espetáculo de dança com mais de dez bailarinos no palco.
Entenda as palavras técnicas referente ao palco
1) BAMBOLINA (espécie de cortina que é colocada de um lado a outro no palco, com a função de esconder o urdimento)
2) URDIMENTO (local acima da cena, geralmente oculto ao público, onde ocorrem as manobras de efeitos e ficam as varas de iluminação e cenografia aérea)
3) COXIA (também chamada de “perna”, serve para esconder os bastidores do público)
4) RIBALTA (parte frontal do palco, que separa o público da cena)
5) ROTUNDA (pano de fundo preto atrás do palco)
6) CICLORAMA (pano de fundo branco atrás do palco geralmente usado para projeção ou fundo infinito)
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!