Antigo comércio de Porto Velho II – Por Anisio Gorayeb

ANTIGO COMÉRCIO DE PORTO VELHO II – Por Anisio Gorayeb

Antigo comércio de Porto Velho II – Por Anisio Gorayeb

Foto: Divulgação

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Edifício Feitosa na esquina das ruas José de Alencar com Barão do Rio Branco onde ficava a banca do Seu Cidrão. (Fonte: Acervo Esron Meneses)
Estamos retornando ao tema sobre o comércio da nossa querida cidade de Porto Velho nos anos 60, uma vez que, no texto anterior, pretendíamos apenas lembrar alguns estabelecimentos comercias, mas para nossa surpresa, alguns leitores questionaram a ausência de algumas lojas através de comentários, outros ligaram ou enviaram e-mail.
Vamos iniciar falando sobre as três panificadoras mais conhecidas: A Panificadora do Resky, do Raposo e do Noé. A da família Resky era na Avenida Sete de Setembro entre as ruas José de Alencar e Prudente de Moraes. No mesmo local atualmente está estabelecida uma loja de calçados. A panificadora do Seu Raposo ficava na esquina das ruas Henrique Dias com Presidente Dutra, onde é atualmente uma loja de instrumentos musicais. Já a panificadora da família Noé era na Rua Gonçalves Dias esquina com a Rua Herbert de Azevedo, hoje no mesmo local funciona uma pizzaria.
A antiga Avenida Sete de Setembro, no tempo em que era calçada com paralelepípedos e de mão dupla, tinha canteiros centrais arborizados com dois quiosques. Estes quiosques eram chamados de “clippes”, um era na esquina da Rua Prudente de Moraes onde era a Casa das Canetas e no outro da esquina da Rua Presidente Dutra funcionava um bar muito famoso nessa década de 60, o Arara Bar. Na gestão de Odacir Soares como prefeito no início dos anos 70, as árvores dessa avenida foram retiradas, o que causou muitas reclamações.
Quanto a lojas de carros dessa década eram três: a Rondomarsa, a Rondasa e a Sabenauto. A Rondomarsa, cujo gerente Sr. Aurélio Monteiro de Paula, foi a primeira revendedora autorizada de Porto Velho e vendia carros da fabrica Willis, ainda no tempo dos Jipes, Rural e Aero-Willis. A Rondomarsa nos meados dos anos 60 passou a vender os famosíssimos Gordini. Na época eram os carros mais velozes e usados em corridas. Os gordinis seriam como os carros da categoria “Stock Car” atualmente. A Rondomarsa ficava na Rua Barão do Rio Branco em frente a Praça Jônatas Pedrosa.
A Sabenauto sempre pertenceu à família Bennesby, pois seu nome de fantasia que significa Saul Bennesby automóveis teve sua primeira loja na Avenida Carlos Gomes entre a
Na primeira imagem do início dos anos 70, vemos trabalhadores cortando as árvores da Avenida Sete de Setembro. Ao lado vemos o mesmo quiosque onde já sem as árvores. (Fonte: Acervo Esron Meneses)
Rua Marechal Deodoro e a Rua Tenreiro Aranha, onde atualmente é a loja Ideal Eletromóveis. Nos anos 70 mudou-se para a Rua Tenreiro Aranha esquina com a Rua Afonso Pena, onde funcionou por muito tempo a agencia da VASP (Viação Aérea São Paulo).
A Rondasa foi a primeira concessionária da marca Volkswagen em Porto Velho e seu gerente era o Ismael Camurça. Sua primeira loja, na época áurea do fusca, era na Rua Carlos Gomes entre as ruas Júlio de Castilho e Gonçalves Dias. Depois a Rondasa mudou-se para a Rua Gonçalves Dias esquina com a Rua Álvaro Maia, cujo prédio se encontra abandonado há décadas.
Na a Rua Barão do Rio Branco ficava também a Casa Dragão do Cezar Zoghbi, que era especializada em ferragens e material de construções. Nessa mesma rua ficava o Jornal “Alto Madeira”, na época pertencente aos Diários Associados e o jornal mais combativo daquele tempo que mudava de nome constantemente, porem ficou famoso com o nome de “O Combatente”. Seu proprietário era o polêmico jornalista Inácio Mendes. O outro jornal da cidade, O Guaporé, tinha sua sede na Rua José de Alencar entre as ruas Carlos Gomes e Duque de Caxias.

Um local muito frequentado e que deve ser lembrado era a famosa banca de revistas do Cidrão. Essa banca era bem diferente das de hoje, Tinha apenas o nome de banca de revistas. Era apenas um tecido grosso para forrar o chão e sobre ele Seu Cidrão arrumava caprichosamente os jornais, gibis, revistas e bilhetes da loteria federal. Naquela época não havia lotéricas e nem jogos de apostas como a mega sena, quina, lotofácil e nem loteria esportiva. A banca ficava na entrada do Edifício Feitosa na Rua José de Alencar bem ao lado da Casa Saudade.

Bons tempos, boas lembranças...
Até a próxima semana.                                                      

ANÍSIO GORAYEB

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