O cinema, considerado por muitos como a sétima arte, é uma das formas de expressão artística mais utilizada pelos expoentes da cultura no ultimo século. As películas mostraram desde o inicio da revolução industrial até a data de hoje, toda a evolução do mundo moderno, apresentando a sociedade as virtudes e as mazelas do mundo.
Muitos podem pensar que produzir um filme é uma arte destinada apenas para poucas pessoas com um poder aquisitivo elevado, porém longe das megalomaníacas produções hollywoodianas a qual estamos acostumados a ver desde pequenos, existe um movimento cinematográfico underground no meio artístico brasileiro, pessoas que movidas pela paixão da chamada sétima arte conseguem fazer produções cinematográficas que para muitos pode parecer um trabalho pífio. Essas obras vem carregadas de uma bagagem cultural impressionante, pois relatam de maneira sutil a vida simples do povo brasileiro.
Porto Velho não fica de fora desse contexto, Jair Rangel, um artista local apaixonado por cinema, conhecido popularmente pelo personagem “Pistolino“, vem aos poucos se transformando em um dos pioneiros do cinema local. Com varias produções cinematográficas, Pistolino já foi destaque em várias emissoras nacionais de televisão.
Após ganhar todos os prêmios na categoria ficção do festival de cinema “Só Curtas”, Pistolino começou a produzir o quinto filme da
carreira, que tem o nome inicial de “Pistolino e o lobisomem”, uma trama que pretende colocar um dos seres mitológicos mais antigos da cultura ocidental, com características extremamente amazônica.
Sem muitos apoios e com poucos recursos, Pistolino escreve, dirige, atua e produz os cenários e personagens do seu filme. Um desses mais novos personagens é um esqueleto que será utilizado na próxima película de Pistolino.
Feito com material artesanal e peças de um ferro velho, o “esqueleto” realiza movimentos com a cabeça e o maxilar.
“Quero aperfeiçoar ainda mais os efeitos desse “esqueleto”, pois ele será bastante utilizado no filme”, disse Pistolino.
Falta de Apoio
Mesmo com um histórico cultural invejável, Pistolino disse que enfrenta muita dificuldade para produzir seus filmes, pois a falta de apoio e de recursos fazem com que cada produção de Pistolino se transforme em uma verdadeira epopéia de Homero, pois todo o seu tempo é tomado não deixando espaço para sua vida pessoal.
“Tenho que pensar um pouco na minha vida pessoal, cada filme que faço, eu realizo com amor, porém sem apoio fica impossível de continuar esse trabalho”, disse Pistolino com exclusividade para o RONDONIAOVIVO.COM.