Momento Lítero Cultural Nº 98 - Por Selmo Vasconcellos

Momento Lítero Cultural Nº 98 - Por Selmo Vasconcellos

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*Selmo Vasconcellos - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net.br. *- *MARÍLIA BECHER BAHR *- *-Faculdade de Formação de Professores Direito Usual e Legislação Aplicada *-Pedagoga *-Especialização em Espaço, Sociedade e Meio Ambiente *-Vários Cursos de Capacitação voltados ao Meio Ambiente *-Ambientalista *-Poetisa *-Articulista *- *Auto-reflexo *- *O auto-reflexo que me despe *é direto e animado. *O cristal firmou acordo *e será livre para a conquista. *A lista dos nomes adiados *também cresce. *Se mudanças surgem *preciso muito mais *de alho e cruz. *O novo Mundo inclui *o Pólo Norte, *a Grécia Antiga *e uma fase pirata. *Meu relógio de parede *mostra o clima com *movimentação autêntica. *O cartão de memórias *é atual história! *-Repetição? *-Não! *Não há economia de suor e prontidão. *Meus quadros aderem *ao laçador de sonhos. *Na nova água mergulho de olhos abertos *e me encanto aos teus. *Ah! Essas variações... *que aceleram *os batimentos cardíacos *e transferem meus desejos a outros cenários. *Nada de planetas desérticos! *Meu arsenal é *numeroso, *forte, *suave, *amoroso, *e sensual. *Um diário faz ponta de circo *nas camas elásticas *e o trivial *cantante me satisfaz! *Minha paixão é o agora *que não se quebra *nem demora. *### *EMANUEL MEDEIROS VIEIRA *PLANALTO *- *O Planalto é sempre: *antes e depois, *pedras, rios, sol, entardecer, pessoas *(céu sem mediação, espaços abertos, seca, chuva, manga madura no chão.) *- *O Planalto não passa: *nós é que passamos. *- *O pó volta a terra, *mas queremos permanecer: algo de papel, *algo de carne, um jeito de menino que foi *nosso, riso, boininha, gaita-de-boca *ah, um desajeitamento, *estranho no mundo, um lenço, *cheiro de naftalina no guarda-roupa, *macaco em loja de louça. *- *Já faz tempo que o homem existe, *mas o Planalto é mais antigo. *- *E uma ilha, *que fica ao Sul do efêmero, *pandorga, vento, tainha *inundado de água: aqui, *no Planalto, *que não passa, *nós é que passamos. *- *(Brasília, 30 anos depois de chegar ao Planalto Central – maio de 2008) *### *SONIA C. PRAZERES *- *Hoje faz frio e o cobertor custa a entregar calor. *Hoje faz frio e o coração se encolhe tecendo de um novelo inexistente, as colchas imaginárias que *deveriam, reais, tomarem o lugar dos jornais que cobrem corpos nas calçadas. *Hoje alguns morrerão desse frio, ou por falta de calor...de amor... *É frio e as cobertas dão guarida à vergonha. *### *ELIANE ALCÂNTARA *Outro dia. *- *Vivo de teu riso que não é o som *Que escuto agora no escuro a nascer *Com a luz que invade nenhum som. *O mundo parou lá fora e eu respiro. *Cá dentro sua voz sussurra de leve *Um bom dia baixinho. *O céu permanece negro sem estrelas *Na quietude de beber tua saliva *Em minha boca molhada *Com a língua a passear nos lábios *Em suaves mordidas que dizem *Que sou louca e pouca para o muito *Que acorda o dia em leveza *E entrega teu cheiro ao meu delírio, *Como a pedir desculpas por em desvairo, *Roubar meu sono e me trazer o dia. *### *RICARDO SANT’ANNA REIS *ENLEVO *- *em que pese *a vida breve *- *o tempo breve *e o amor sentido *que me enleve *- *em que pese *esta saudade *a enternecer *- *e este cheiro *sem conhecer *- *em que pese *esta distância *tão dorida *- *e o alarido *do centro *da cidade *- *tua presença *em meu peito *faz-se em silencio *e relevância *- *como um poema *de felicidade *### *HELEN DRUMOND *- *Acreditava que viver é servir àqueles que precisam de nós, mas vive-se muito mais e plenamente ao lado daqueles que sabem contar consigo mesmos e que compreendem o sentido de partilhar. *Fugi das pessoas livres para ser soberana entre os pedintes, mas tendo asas, fiquei presa ao solo dos acorrentados. *Aprendi. *Agora tomo nas mãos minha liberdade e sem medo volto para meus iguais: os que sabem voar. *Não terei mais soberania sobre nada ou ninguém e aprendi que isto também é um estado de escravidão. *Breve estarei voando e se as asas quiserem fechar um pouco para um descanso sei onde poderei pousar... *### *JOÃO PAULO DAS VIRGENS *Poema para Ângela. *- *Onde esta a poesia que não bateu mais em minha porta? *Onde estão os versos que pulam da alma, agitam minha calma, *E afugentam meus medos? *Trazendo o amor e o desejo, *Cobrindo de flores lençóis verdes do campo, *Alimentando meu ego, que com frase morta, *Não bate em minha porta, nem surge em minha mente. *E como demente observo as flores, *Que o poeta plantou nos versos *E eu colho nos vasos, *Para sentir o cheiro de jasmim *Que com dó de mim *Preenche meus espaços, *E aí eu sinto que brotou *A poesia enfim. *Sem nexo, mas com o perfume do sexo, *Do campo, das flores e de ti. *### *SONIA DELSIN *SOU PASSARINHO *- *Sou passarinho. *Passei... Voei. *Na tua vida por um breve segundo eu pousei. *- *FOLHAS SECAS *- *Corro os olhos nas folhas secas. *Nas árvores despidas. *Foram tão bonitas. *E voltarão a ser. *A natureza se encarrega do reflorescer. *### *NÁDIA DE SOUZA *UTOPIA *- *Isso é coisa do destino: *Descortinar meu véu. *Do teu sol poente em mim a lembrança *Que as tuas ousadias lançaram ao céu *- *Copias a fantasia louca de querer me possuir *Com mãos da tua alma em meu corpo percorrer *Ao compasso da voz do teu amor em mim, *Num reflexo da essência do tempo renascer. *- *Em carícias de conquistas mágicas me exploras *Do encantamento a perdição de gemidos roucos *Entrego-me ao teu desejo até a alma *Bebamos o prazer deste desejo louco *### *LUCILAINE DE FÁTIMA *Apego *- *Apelo a mim, *desapego-me de ti. *Novamente sou eu. *- *Sou eu *só e aprendendo *a esquecer-te. *- *Esquecer o que *Já tornou-se fim. *Amar apenas *o que resta de mim. *### *EUGÊNIO SANTANA *OÁSIS – AINDA... *- *Sei... *Que me transformaste *Num deserto – Saara? *Esta ferida – da alma *Tem cura ou desfigura? *Por certo Deus cuida, sara *-será, Sarah? *- *Sei... *De tuas razões – frustrações? *Nas cinzas do tempo *-minhAvEvarara... *- *Sei... *De tua luta – vã. *Naquela manhã - Setembro... *Triste memórialada *Primavera plúmbeo-argêntea; *Saístes – com “aquele” olhar de Águia: *Altivo - desafiaDOR. *- *Sei... *Que fiquei só – numa tristeza de causar dó; *Frágil pássaro do abandono. *- *Sei... *Que reuni – insólita coragem *Para sobrevoar – ou sobreviver? *Ao deserto – que criastes. *- *Sei... *Que das sombras sutis do Amor *Emerge luz, sacrifício, perdão. *Escondo sob o manto azul – uma Asa? *Oásis de Paz – nossas vidas partilhadas *Ou partidas? *- *Sei... *Que me fizeste - Deserto *Aonde – nômade – cavalgo incansável *Na companhia dos Tuaregues *Embora mora – em mim *Inesgotável Oásis! *- *Sei... *Que jamais uma DOR foi tão forte – lancinante: *DOR-i-Ane. *- *inédito*. *### *MAURO VERAS *Quando o poema já não cabe *- *... as janelas já não abrem *... as palavras já não sabem *- *e o sabre e seu negrume *rasgam a noite afiada! *- *e no fio da navalha *o navio já não vale *o motivo do encalhe *- *finda a viagem, *quando o poema já não cabe! *- *... as velas já não inflam *... as dores não inflamam *- *e as flechas e as lâminas *regam de açoite as estradas! *- *e no fogo da batalha *o artista em seu entalhe *já não fala nem se cala *- *fim da aragem, *quando o poema já não cabe! *- *... os leitos já não sangram *... os bardos já não bradam *- *e a poesia e sua chama *negam o tudo e o nada! *- *e no jogo da existência *perdem-se lógica e essência ... *e se rasga a indumentária *- *funda a estiagem, *quando o poema já não cabe! *### *ETHEL WEITZMAN *Sad Sadeness IV *- *Sim quero toda a vida que além deste quarto está *Contigo viver uma eternidade *Perto e longe de sermos akashikas memorias *Um futuro no qual poderias estar *- *Fossemos um casual encontro *Nós e nossas estranhas tetas. *Um rendez vous sáfico de Deusas *Nós a sós ainda seriamos *Mulheres famintas mas satisfeitas *...Nos bastaríamos ### *ELISCHA DEWES *Fomos Loucos! *- *Digo... Somos poetas *E de tanto fingir o amor *De Amor... enlouquecemos... *- *Dizes... Fomos Loucos e... *De tanto fingir ser poetas *De amor enlouquecemos! *#### *ALICE POLTRONIERI *INVERÃO *- *Veja! *É inverno no meu coração *O álgido sopra meus olhos *Trazendo mudanças que eu não quis. *- *A saudade chega com o inverno *Lembrando teu cheiro *Irriga-me o íntimo *O promissor inverno *Traz vida que brota de grotas *De recordações. *- *Espero o verão *Secando-me a face *Madurando-me o fruto *Quem dera não ter te amado! *Quem dera não ter-te esquivo! *Queira ou não queira é inverno lá fora, *No meu coração faz-se ressequido inverão. *### *FELIPE REY *TUPINAMBÁS URBANOS *- *A Rodrigo “Mocotó” Pinho & todos os guerrilheiros culturais. *- *Tupinambás urbanos *Andarilhos guerrilheiros da selva dos centros *periféricos da cidade enviesada. *Vasculhando revoluções. *Catalisando o real caos. *- *Transformando a arte. *A arte é transformação *não entretenimento! *- *Tupinambás urbanos *Querem indigenar as terras brasilis! *Indigenar as terras brasilis! *Um retorno ao homem puro *não primitivo. *- *caapuã abaetê *abaetetuba *abá goitacá *atã etê *- *Somos guerreiros guerrilheiros *das suburbanas matas obscuras *dessas cidades partidas *de corações partidos. *- *Há muitos cadáveres vivos *e mortos sendo reativados pra vida. *A folia acabando com a estagnação devida. *Refutar. *Refletir o mundo através de Vigário. *- *Só os loucos conseguem *reverter a realidade. *Refundar o mutirão *O movimento a movimentação *em repúdio a mediocridade! *- *Enquanto tiver bambu é flecha neles! *E assim prossegue o lema *abaré. *###
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