*Dos dias 11 e 20 deste mês, um grupo de artistas paulistanos decidiu intervir com arte na paisagem de São Paulo. A Experiência Imersiva Ambiental (EIA) tem o intuito de democratizar a arte para a população paulistana que não tem contato com a cultura artística.
*Os oitenta projetos artísticos foram feitos por artistas de todo o país e projetados de acordo com o espaço onde os trabalhos iriam ser colocados. Ao longo da semana, oito pessoas ficam encarregadas de instalá-los pela cidade. Dentre esses, está a ação do Coletivo Madeirista de Rondônia, interagindo com a comunidade da periferia através do projeto "Inventário das Sombras".
*”Um evento desses é algo inusitado. Geralmente a arte fica dentro de um circuito fechado. O nosso objetivo é que todo ano, nas cidades mais importantes do país, seja feita uma manifestação cultural como essa mensalmente”, acrescenta Floriana e acrescentamos: quem sabe em Porto velho?
*O artista plástico Eduardo Verderame, coloca que cada intervenção tem um motivo, mas que elas ocorrem no Brasil por razões específicas e se manifestam de diferentes formas, como protestos, levantes ou questionamentos. “Sempre procuro ajudar grupos e abrir novas frentes pois tenho a sensação de fazer parte de um grande exército que se mobiliza”, revela.
*Assim, as intervenções, pelo humor ou mesmo enfrentamento, vão destacando um espírito de embate com as regras sociais. “Sem essa confrontação com o real, o trabalho se perde no meio de tantas informações”, avalia Verderame. Por isso, ele sustenta que as intervenções são importantes para levantar questões, fazer com que elas sejas discutidas e tenham seqüência.
*As intervenções urbanas também questionam a lógica de mercado que vem controlando o meio artístico. Segundo Floriana Breyer, as expressões procuram criar elementos efêmeros, que não podem ser vendidos. “Com as intervenções, temos uma forma de atingir pessoas que normalmente não teriam contato com a arte – criamos situações na vida de cada um”, afirmou