*Foto/legenda:
*Cena do filme “Fronteira das Almas”, de Penna
* O CINEAMAZÔNIA – Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, homenageou, na noite da abertura oficial, quarta, 16, um dos cineastas mais preocupados com as questões ambientais da região amazônica e profundo conhecedor do homem e da cultura nacional, Hermano Penna.
* Hermano Penna recebeu o troféu Mapinguari das mãos da atriz Ângela Cavalcante, que emocionada, lembrou da produção do filme Fronteira das Almas, no qual participa, tendo o cineasta homenageado lembrando toda a trajetória de seus trabalhos em Rondônia, dizendo que “se sente em casa quando está em Rondônia, que percorre desde o ano de 1972”.
*Hermano Penna - Desde jovem freqüentando grupos de cineastas em Salvador, em 1966 Hermano Penna agrega-se aos grupos que faziam cinema em Brasília, mudando-se para São Paulo onde se dedica à direção de fotografia e roteiros de inúmeros filmes.
*Desenvolvendo a carreira na direção de documentários, vários exibidos no programa Globo Repórter, sendo os mais conhecidos, África, Mundo Novo, A Mulher no Cangaço, Raso da Catarina, Aos Ventos do Futuro e Folias do Divino.
*Com seus dois filmes de longa metragem, Sargento Getúlio e Fronteira das Almas, anteriores a Mario, Hermano Penna reuniu 32 prêmios, em festivais nacionais e internacionais.
*Dois prêmios têm especial sabor para o diretor: o prêmio de Melhor Filme em Gramado para Sargento Getúlio e o de Melhor Filme no III RioCine para Fronteira das Almas. Um outro prêmio que ele não esquece, pelo encontro promovido, foi o de Melhor Direção no Festival de Locarno, dividido com Spike Lee.
*Com uma relação profunda com a Amazônia, Hermano Penna acompanhou de perto toda a saga de ocupação e invasão da região. Como ele mesmo define, “tenho toda uma história de cinema com ela, porque a filmei muito, foi pela minha experiência de Amazônia que escrevi o argumento do filme Iracema, de Jorge Bodanski”.
* Na noite de quarta-feira (16), um de seus mais consagrados filmes “Fronteira das Almas” foi exibido ao público presente no Cine Veneza. Filmado em 1983, retrata a história de milhões de brasileiros que, desde a década de 1970, vêm ocupando e transformando a região amazônica, trazendo à reflexão os imensos contrastes e contradições que fizeram – e fazem, o Brasil de hoje. O filme foi totalmente rodado no estado de Rondônia, e no seu elenco estão atores regionais.
* Abertura Oficial – Na cerimônia de abertura do III CINEAMAZÔNIA – Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, os organizadores do evento, Jurandir Costa, Paulo Arruda e Carlos Levi lembraram das dificuldades em realizar a mostra, principalmente pela falta de apoio dos órgãos públicos em um momento em que o estado de Rondônia atravessa uma fase de má impressão na mídia nacional.
* Agradecendo aos patrocinadores e às pessoas que apoiaram e acreditam no CINEAMAZÔNIA, os três organizadores ressaltaram a importância que é se acreditar na cultura da região, pois nas palavras do vídeo-maker Jurandir Costa, “fazer o CINEAMAZÔNIA é como fazer cinema no Brasil, cheio de dificuldades mas sabendo que é possível realizar o sonho”.
* Chamados ao palco, os cineastas Rudney Prado, do vídeo experimental “A Solidão É Fera”, Joel Oliveira, diretor do vídeo ficção “Zem Moral” – que arrebatou o público pelo final inesperado, e o ambientalista Zeca, da ECOVALE, expressaram os seus agradecimentos.