FestCine Amazônia quebra recorde de inscrições; mais de 20 estados integram seleção

Um total de 245 produções de 21 estados brasileiros estará concorrendo ao cobiçado Troféu Mapinguari, o símbolo da resistência da floresta contra os avanços irracionais do homem...

Da Redação

04 de Outubro de 2007 às 10:18

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FestCine Amazônia quebra recorde de inscrições; mais de 20 estados integram seleção

Foto: Divulgação

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Foto/legenda: O filme "S.O.S. Amazônia", de Marcelo Branco, está na seletiva do festival A quinta edição do FestCine Amazônia já conseguiu superar os recordes anteriores em mais um quesito, o de número de filmes e vídeos inscritos, o que promete encher os olhos do público rondoniense este ano. Um total de 245 produções de 21 estados brasileiros estará concorrendo ao cobiçado Troféu Mapinguari, o símbolo da resistência da floresta contra os avanços irracionais do homem após a vitória da revolução industrial e da cultura agropecuária sobre povos tradicionais em todo o planeta. O Estado do Rio de Janeiro é o que tem mais representantes no festival, com 60 inscritos, seguido por São Paulo, com 53 inscritos. Inicialmente os organizadores do festival haviam proposto como data limite o dia 31 de agosto, mas ao ampliarem a data de inscrição para 15 de setembro e permitirem que filmes e vídeos produzidos a partir do ano 2000 fossem inscritos, otimizaram as relações entre produtores e públicos, uma vez que centenas de produções são concebidas todos os anos sem ter espaço adequado para atingir seus objetivos. Curiosamente, o Estado de Rondônia obteve a terceira posição em número de inscritos, com 21 trabalhos, demonstrando que o FestCine Amazônia já conseguiu um dos seus objetivos principais, estimular a produção de vídeos e filmes por parte de sua população, uma das mais ecléticas do país, reunindo culturas nacionais e estrangeiras, num imenso caldeirão cultural. Entre os produtores rondonienses estão Neto Cavalcanti, trazendo à tona a temática das Usinas do Rio Madeira, Jean Carla, com uma produção destinada à educação popular, tratando da doação de sangue, uma produção de João Pedro Canuto Casahara, Rede de Algodão, Nery Rodrigues com o trabalho “Que dia é hoje”, Rangel Nepomuceno, abordando as coisas de Porto Velho, Dhiony Costa e Silva com a produção “Por que fazem isto?”, João Casahara com “Polícia Ambiental”, Joeser Alvarez, conhecido por seus trabalhos em vídeo experimental com “Por onde andará Sancho Pança?”e o jornalista Zacarias Pena Verde, com o trabalho “O Parceleiro, uma epopéia no meio da floresta”, resgate da memória rondoniense. Além destes trabalhos também estão inscritos “O futuro da Ciência”, de Pedro Lourenço, “Atitude altitude”, de Alberto Mendes Monteiro Rezende, “Cooperativa Sustentável/Guajará-Mirim, de Emerson Barbosa, “Couro Vegetal da Floresta Amazônica”, de João Kassahara, “Ctrl+Alt+O quê?”, de Flávio Guaraná, um documentário sobre a vida do historiador Vítor Hugo, de Auxiliadora Lobato Ugo, “E agora José?”, de Victor Ricardo Mendes Ribeiro, um trabalho da jornalista Rebeca de Oliveira Varella Barca, “Hábitos do Sagüi-de-cabeça-preta”, “Lembrança”, de Dhiony Costa e Silva, “Luz, Árvore, Ação”, dos já premiados em Hely Chateaubriand e Jean Carla, Sandro Yuri, com “13km(não te separam do lixo)” e finalmente, “A fumaça maldita”, de Pedro Lourenço e Alan Loechner. Todas as produções serão avaliadas por três jurados ligados ao mundo da arte destinando os filmes e vídeos para a amostra competitiva e exibições paralelas. Os produtores internacionais foram representados com um trabalho italiano, Carpie Dien, do diretor Sergio Cannella. Sucesso de público e crítica, o FestCine Amazônia tem buscado ao longo dos cinco anos desenvolver o senso crítico, oferecendo aos espectadores opções de documentários, filmes de ficção, filmes de animação e projetos experimentais, além de oportunizar o contato direto de diretores e personalidades ligadas ao mundo do cinema e da cultura brasileira e internacional com o público rondoniense.

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