*O CineAmazônia – Festival de Cinema e Vídeo Ambiental -, que em Porto Velho acontece de 15 a 18 de novembro próximo, desde sua primeira edição, vem incluindo em sua programação uma série de homenagens a grandes nomes da cultura nacional e a personalidades da causa ambiental, como Frans Krajcberg (artista plástico e ambientalista), Adrian Cowell (videodocumentarista), Vicente Rios (cinegrafista), Maurice Capovilla (jornalista e documentarista), Dira Paes(Atriz), Marcos Palmeira(ator), entre outros.
*Nesta 4ª edição, o CineAmazônia estará homenageando, ao lado de Zelito Viana, o cineasta Ruy Guerra, um dos pioneiros do Cinema Novo nos anos 60.
*Ruy Guerra nasceu em Lorenço Marques, hoje Maputo, Moçambique, e desde adolescente já escrevia críticas de cinema, contos e crônicas, além de produzir filmes em 8mm. Estudou arte cinematográfica em Paris, no IDHEC (Instituto de Altos Estudos Cinematográficos), onde começou a trabalhar como assistente de câmera e de direção.
*Entre suas obras, destacam-se “Os Cafajestes” (de 1963, o primeiro filme não-documentário, que teve destaque em todo o país), “Os Fuzis” (de 1964, considerado um dos clássicos da estética da fome) e "Os Deuses e os Mortos" (de 1970) - considerados marcos do cinema brasileiro.
*Guerra também atua como montador, diretor de fotografia, produtor e ator (como em "Aguirre, a Cólera de Deus", de Werner Herzog, 1972). É praxe sua ser roteirista ou co-roteirista dos filmes que dirige.
* Nos últimos anos, Ruy trabalhou na direção e redação de peças teatrais e colaborou como letrista para grandes nomes da MPB, entre eles seu parceiro de primeira hora Chico Buarque de Holanda. Entre 1994 e 1998, assinou uma crônica semanal no jornal “O Estado de S. Paulo”.
* Hoje, o cineasta é diretor do Curso Superior de Cinema na Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, onde também leciona sobre linguagem cinematográfica.
* Durante o CineAmazônia, serão exibidos alguns dos filmes do cineasta, entre eles “Os Fuzis”, “Kuarup” e “Estorvo”.