Ele será usado no sensoriamento remoto e mapeamento de territórios
Foto: Divulgação
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Brasil e China anunciaram o lançamento do satélite Cbers-4A – o sexto da cooperação firmada há 30 anos – no ano que vem. Desde 1988, os dois países atuam no desenvolvimento de satélites para sensoriamento remoto e mapeamento de territórios numa parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com a Academia de Tecnologia Espacial da China (Cast, na sigla em inglês).
As aplicações também envolvem o monitoramento do desmatamento, queimadas, níveis de reservatórios, desastres naturais e expansão agrícola. Agora, o programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers) se prepara para um novo desafio.
“O programa Cbers distingue-se por uma peculiaridade: o objeto é de interesse mútuo e desenvolvimento conjunto. Esses dois fatores tornaram-se, então, os pilares dessa inédita, perseverante e sustentável parceria e possibilitaram o desenvolvimento da relação entre os dois países. O Cbers-4A representa um futuro próximo da parceria, mas abre também um leque de projetos e oportunidades futuras”, disse o presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho.
Segundo ele, o novo satélite vai garantir a continuidade no fornecimento de imagens que beneficiam o sistema de gestão dos territórios brasileiro e chinês, a pesquisa nas universidades e o desenvolvimento de produtos, soluções e serviços da iniciativa privada do setor de tecnologia espacial. O equipamento está em fase final de verificação de componentes e sistemas no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe.
Até o momento, já foram construídos seis equipamentos, sendo que cinco deles chegaram a operar no espaço. O acordo de cooperação prevê que cada país desenvolva 50% dos satélites. “Começamos nossa parceria há três décadas e a cooperação tem sido cada vez mais estreita e forte. O Cbers é um marco na relação entre Brasil e China e atende às nossas necessidades e dos nossos parceiros de modo abrangente. Vamos seguir com essa parceria tão importante e que trouxe resultados expressivos para o Brasil e para a China”, destacou o diretor do Inpe, Ricardo Galvão.
Atualmente, está em operação o Cbers-4, lançado ao espaço em dezembro de 2014. Ele possui quatro câmeras ópticas, sendo duas brasileiras (MUX e WFI) e duas chinesas (PAN e IRS). A câmera MUX, totalmente projetada e construída no Brasil, distribui imagens com processamento considerado de “classe mundial”. O método desenvolvido pelo Inpe permite, por exemplo, monitorar culturas agrícolas anuais.
Todas as imagens produzidas pelas câmaras dos satélites da classe Cbers estão disponíveis gratuitamente nesta página (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Ao longo dos anos, mais de 2 milhões de fotografias espaciais foram distribuídas a cerca de 20 mil instituições do Brasil.
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