Exército aumentou a presença na região com operação massiva na Amazônia
Foto: Reprodução/Sociedade Militar
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Ações militares das forças venezuelanas na fronteira com o Brasil, geraram despertamento no alto comando das Forças Armadas brasileiras pelo risco da Venezuela utilizar o território brasileiro para promover invasão na área de Essequibo, em disputa com a Guiana. A resposta foi o reforço da presença militar na Amazônia numa faixa que estende de Roraima, Amazonas e Amapá.
Muito perto da fronteira brasileira em Roraima, a Venezuela construiu pistas de pouso rústicas, pontes improvisadas e acampamentos fortificados. A intenção pode ser uma expansão da área de conflito, passando pelo território brasileiro como rota para ocupar a Guiana.
O Ministério da Defesa do Brasil organizou para o mês de novembro próximo, a Operação Atlas que consiste num exercício militar conjunto de larga escala envolvendo Exército, Marinha e Aeronáutica. a mega ação irá deslocar cerca de oito mil militares, com emprego de equipamentos pesados e diversos meios logísticos. O treinamento será realizado em território roraimense e se destaca também pelo simbolismo político, já que ocorrerá simultaneamente à COP 30, que reunirá centenas de líderes mundiais em Belém.
A operação foi dividida em três etapas de planejamento. A primeira ocorreu entre 30 de junho e 10 de julho, com o deslocamento de tropas para estados estratégicos da Amazônia. Posteriormente, está programada uma etapa logística entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro, voltada para o deslocamento de tropas e equipamentos para regiões específicas de Roraima. A etapa final acontecerá de 2 a 11 de outubro, com simulações autênticas nos ambientes terrestre, fluvial e aéreo.
O Brasil reagiu com firmeza às ações, porém preservando a estabilidade diplomática. Foram deslocadas para Boa Vista, capital de Roraima, tropas que incluíam veículos blindados de reconhecimento, unidades de infantaria da selva e sistemas de defesa antitanque. Ademais, uma nova organização operacional de cavalaria mecanizada foi estabelecida na área.
A Venezuela tem intensificado sua campanha política e militar em relação ao Essequibo desde o final de 2023. Essa região, abundante em recursos naturais, é considerada por Caracas como parte de seu território. Após um referendo realizado pelo governo da Venezuela, foi sancionado um decreto que oficializa a criação do estado de Guayana Esequiba, com a garantia de que a região será explorada economicamente.

Além do progresso retórico, houve movimentações concretas nas fronteiras. Imagens de satélite e relatórios de inteligência indicaram a construção de pontes militares, estabelecimento de bases de apoio e presença de veículos blindados nas imediações da Guiana. As forças venezuelanas também estariam recebendo equipamentos provenientes da Rússia e Irã, como helicópteros de transporte e embarcações navais armadas com mísseis antinavio.
A retórica oficial do governo Maduro tem sido ambígua: enquanto reitera a soberania da Venezuela sobre o Essequibo, também afirma seu compromisso com a paz e o diálogo. Entretanto, essa dualidade tem sido acompanhada de mobilizações que aumentam a probabilidade de erros de cálculo ou de incidentes na fronteira.
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