MELHORIA: MapBiomas aponta que desmatamento no Brasil cai 11,6% em 2023

De janeiro a dezembro de 2023 foram derrubados 1.829.597 hectares de vegetação nativa no país, aponta instituição

Rondoniaovivo

03 de Junho de 2024 às 08:45

Atualizada em : 03 de Junho de 2024 às 14:16

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MELHORIA: MapBiomas aponta que desmatamento no Brasil cai 11,6% em 2023

Foto: Reprodução da internet

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O Brasil perdeu 1.829.597 hectares de vegetação nativa em 2023, conforme o Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2023) do MapBiomas, divulgado recentemente. Em 2022, foram destruídos 2.069.695 hectares, representando uma queda de 11,6% na taxa de desmatamento no país.

Segundo o relatório, os biomas Amazônia e Cerrado, os dois maiores do Brasil, totalizaram mais de 85% da área desmatada. Notavelmente, pela primeira vez desde o início da série histórica do MapBiomas Alerta em 2019, o Cerrado superou a Amazônia em área desmatada.

Em 2023, o Cerrado foi responsável por 61% do desmatamento nacional, enquanto a Amazônia contribuiu com 25%. No Cerrado, 1.110.326 hectares foram desmatados em 2023, um aumento de 68% em comparação com 2022. A expansão agropecuária foi o principal fator desse desmatamento, representando 97% do total.

Embora a redução do desmatamento seja uma boa notícia, o MapBiomas alerta que o desmatamento está agora se concentrando na região da Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

“Os dados indicam a primeira redução do desmatamento no Brasil desde 2019, quando o RAD começou a ser publicado. No entanto, o perfil do desmatamento está mudando, concentrando-se em biomas com formações savânicas e campestres e diminuindo nas florestais”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, em comunicado.

No Cerrado, a liderança no desmatamento se refletiu em vários indicadores. O maior alerta de desmatamento do país foi registrado em Alto Parnaíba (MA), com 6.691 hectares. Além disso, o alerta com a maior velocidade média diária foi de 944 hectares em 8 dias, ocorrido em Baixa Grande do Ribeiro (PI).

O território indígena mais desmatado, Porquinhos dos Canela-Apãnjekra, com 2.750 hectares, também está no Cerrado, onde o desmatamento em territórios indígenas aumentou 188% em relação a 2022.

Territórios quilombolas e Unidades de Conservação no Cerrado também sofreram mais, com aumentos de 665% no desmatamento de TQs e a APA do Rio Preto sendo a mais desmatada, com 13.596 hectares. São Desidério (BA) foi o município mais desmatado do país, com 40.052 hectares. Cerca de 70% dos municípios do Cerrado registraram desmatamento.

Por outro lado, na Amazônia, o desmatamento caiu 62,2%, totalizando 454,3 mil hectares em 2023. Todos os estados, exceto o Amapá, que teve um aumento de 27%, apresentaram redução.

A região de Amacro, que inclui Amazonas, Acre e Rondônia, teve uma queda de 74%. Dos 559 municípios da Amazônia, 78% registraram desmatamento, mas todos os 10 municípios mais desmatados apresentaram redução.

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