Quando a Covid-19 começou a se espalhar pelo mundo durante os primeiros meses de 2020, o setor de entretenimento foi um dos primeiros a sentir o impacto da pandemia. Quase todos os tipos de entretenimento foram imediatamente cancelados, incluindo, shows, festas, comer ações, eventos esportivos, etc. Nos meses que se seguiram e com o agravamento da pandemia, esse setor ficou, praticamente, paralisado e fez de tudo para sobreviver.
A classe artística foi uma das que mais sofreu. Sem poder promover shows, eventos, peças e apresentações, seus profissionais ficaram meses sem trabalhar. No Brasil, muitos passaram a promover as “lives”, ou seja, apresentações à distância que eram transmitidas em tempo real através, principalmente, do Youtube, do Instagram, do Facebook e de outras redes sociais.
A partir do início de 2021, com a vacinação em massa dos brasileiros e com a, consequente, diminuição nos casos de contaminações e mortes devido a Covid-19, as coisas começaram a voltar ao normal e o setor de entretenimento começou a respirar novamente, com shows, eventos e festas sendo realizadas por todo o país.
A Ômicron (também conhecida com linhagem “B.1.1.529”) é uma variante do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. Descoberta em 24 de novembro por cientistas da África do Sul, essa variante tem causado enorme preocupação no mundo inteiro e diversos países e governos de todo o planeta já começaram a tomar medidas para tentar conter o seu avanço.
Isso também já acontece no Brasil, onde o governo federal e governos estaduais e municipais começam a agir para tentar impedir que essa variante se espalhe pelo país. A principal preocupação por trás da Ômicron é a incerteza que paira ao seu redor.
Os cientistas ainda não sabem se essa variante do vírus é mais “forte” que as anteriores e, portanto, não podem prever, com absoluta certeza, o tamanho dos danos que ela pode causar. Além disso, não se sabe ainda a efetividade das vacinas contra a Ômicron. Isso porque, os cientistas ainda têm que estudar essa variante do vírus mais a fundo.
Dessa forma, a maioria dos governantes prefere prevenir do que remediar. Em face da experiência traumática que a maioria dos países viveu em relação a Covid-19 com perda de milhões de vidas, diversos governo mundo à fora começa a reimpor medidas de isolamento social que haviam sido relaxados devido à diminuição no número de casos e de mortes.
No Brasil, não é diferente. O país vive um bom momento em relação ao combate à pandemia, com uma média móvel de casos abaixo de 200 por dia. Contudo, com a descoberta da Ômicron diversos governos estaduais e municipais já começaram a anunciar o cancelamento de festas e eventos e a reinstaurarão de algumas medidas de isolamento social que haviam sido relaxadas ou abandonadas nos meses anteriores.
Com isso, mais uma vez o setor de entretenimento começa a sofrer. Muitos municípios já anunciaram restrições na comemoração do Natal e o cancelamento das festas de Revéillon, dois dos principais eventos do ano para profissionais que trabalham entretendo outras pessoas.
Outras cidades foram mais longe e já anunciaram até mesmo o
cancelamento do Carnaval, a maior festa popular do país e, igualmente, uma das datas mais esperadas por aqueles que trabalham com entretenimento. Grandes shows, festas e eventos, também começam a ser cancelados em diversas cidades do país.
Esse é sempre um debate difícil.
Por um lado, esse setor já sofreu bastante com a pandemia e merece um alívio, uma chance de se recuperar. Por outro lado, é preciso sempre, que o entretenimento seja seguro e que não cause mal as pessoas que querem apenas se divertir e que não provoque, também, uma piora no cenário da pandemia no país que, finalmente, depois de muito tempo, parece estar sob controle.
É compreensível que as pessoas queiram se divertir e relaxar. Principalmente, depois de quase dois anos de tensão, tristeza, isolamento e estresse causados pela pandemia.
Contudo, não podemos nos esquecer de nos divertirmos com segurança e responsabilidade. Percorremos um longo caminho para chegar até aqui e não podemos perder, de forma alguma, o que já foi conquistado.